Com a derrocada final do comunismo, Satanás transfere seu ódio crucial `a humanidade na figura da Primeira Besta do Apocalipse (Ap 13,2: ... E o Dragão lhe entregou seu poder, seu trono, e uma grande autoridade), descrita como uma besta negra e semelhante a uma pantera:
Ap 13,1: Vi então uma Besta que subia do mar. Tinha dez chifres e sete cabeças; sobre os chifres havia dez diademas, e sobre as cabeças um nome blasfemo. A Besta que eu vi parecia uma pantera; seus pés, contudo, eram como os de um urso e sua boca como a mandíbula de um leão.
Nas mensagens ao MSM, Nossa Senhora esclarece a natureza desta primeira besta: a maçonaria, que quer conduzir os homens à perdição:
03/06/89 - ... na grande luta que se combate entre os sequazes do enorme dragão vermelho e os sequazes da Mulher vestida de sol ... Nesta terrível luta sai do mar, para ajudar o dragão, uma besta semelhante a uma pantera.
03/06/89 - Se o dragão vermelho é o ateísmo marxista, a besta negra é a maçonaria. O dragão vermelho se manifesta no vigor de sua potência; a besta negra, ao contrário, age na sombra, se esconde, se oculta, de modo a entrar em toda parte. Ela tem as patas de urso e a boca de um leão, porque opera em todo lugar com a astúcia e com os meios de comunicação social, isto é, da propaganda.
A primeira besta é, portanto, uma entidade jurídica, representada pela maçonaria: sociedade secreta de origem provável nas confrarias de pedreiros (“mason” em inglês e “maçon” em francês) e construtores de catedrais na Idade Média, particularmente na Inglaterra (a besta sai do mar ...), onde foi criada a primeira Grande Loja da maçonaria moderna em 1717. Atuando com astúcia (“patas de urso”) e com o clamor dos meios de comunicação (“boca de um leão”), assume cada vez mais posições privilegiadas na sociedade contemporânea e, especialmente, no âmbito da própria Igreja (maçonaria eclesiástica); neste processo contínuo e traiçoeiro, cumpre a tarefa básica de destruir a adoração e o louvor a Deus, direcionando estes cultos a outras criaturas e a satanás, em última instância (difusão das missas negras e do culto satânico).
03/06/89 - As sete cabeças indicam as várias lojas maçônicas ... Esta besta negra tem dez chifres e sobre os chifres dez diademas, que são sinais de domínio e realeza. A maçonaria domina e governa todo o mundo por meio dos dez chifres (apocalipse 13).
03/06/89 - A besta abre a boca para proferir blasfêmias contra Deus ... o intuito da maçonaria não é o de negar a Deus, mas de blasfemá-Lo. A blasfêmia maior de todas é a de negar o culto devido só a Deus para dá-lo às criaturas e ao próprio satanás.
Observe-se a correlação direta entre os dez chifres com os dez diademas e as sete cabeças entre a Besta e o Dragão Vermelho, caracterizando como única a origem demoníaca de ambos. Nossa Senhora esclarece adicionalmente estes pontos:
“O chifre, no mundo bíblico, foi sempre um sinal de amplificação, um modo de fazer a própria voz ser ouvida mais alto, um forte meio de comunicação. Por isso, Deus comunicou a sua Vontade por meio de dez chifres ... : os dez mandamentos” e ainda “Se o Senhor comunicou a sua lei com os dez mandamentos, a maçonaria difunde por toda parte, com a potência dos seus dez chifres, uma lei que é completamente oposta à de Deus”. Desta forma, a maçonaria desenvolve em todo o mundo um trabalho diabólico de promulgação da antítese dos dez mandamentos da Lei de Deus (aborto, promiscuidade moral, uniões homossexuais, violências de toda ordem, culto ao dinheiro e ao prazer, etc). Em síntese, o objetivo da maçonaria não é o de negar propriamente a Deus, mas o de blasfemá-Lo (Ap 13,6: Ela (a Besta) abriu então sua boca em blasfêmias contra Deus...) ridicularizando a vontade divina, buscando a perdição das almas e tornar vã a obra de redenção de Cristo.
As sete cabeças correspondem aos sete vícios capitais (título blasfemo colocado sobre cada cabeça (Ap 13,1: ... e sobre as cabeças um nome blasfemo), que as diferentes lojas maçônicas buscam difundir por toda a parte, catalisando nos mesmos o culto devido exclusivamente a Deus (a “blasfêmia maior”). Os sete vícios capitais, incorporados na doutrina maçônica, opõem-se ferozmente às três virtudes teologais e às quatro virtudes cardeais da Igreja. Nossa Senhora, mais uma vez, esclarece estes pontos:
Ordem da Cabeça Título Blasfemo Virtude Contraposta Símbolo de Culto
Primeira Soberba Fé Orgulho, Progresso, Razão
Segunda Luxúria Esperança Sensualidade, Impureza, Carne
Terceira Avareza Caridade Dinheiro, Poder
Quarta Ira Prudência Discórdia, Divisão, Cisma
Quinta Preguiça Fortaleza Domínio, Opinião Pública, Medo
Sexta Inveja Justiça Violência, Guerra
Sétima Gula Temperança Hedonismo, Materialismo, Prazer
Sob estes objetos diabólicos de culto, a maçonaria - irmã do comunismo - corrompe a humanidade e conduz as almas à perdição, com conseqüências descritas em palavras terríveis pela própria Mãe de Deus: “assim, as almas são precipitadas na tenebrosa escravidão do mal, do vício e do pecado e, no momento da morte e do juízo de Deus, no pântano do fogo eterno que é o inferno”. A ação diabólica é condicionada por inúmeras guerras e conflitos envolvendo povos de todo o mundo e grandes catástrofes naturais, bem como por uma sangrenta perseguição aos cristãos (Ap 13, 7: Deram-lhe permissão (à Besta) para guerrear contra os santos e vencê-los; e foi-lhe dada autoridade sobre toda tribo, povo, língua e nação).
Em outras passagens do capítulo 13 do Apocalipse, são ratificadas certas características deste poder maçônico universal, incluídas nas passagens acima: a autoridade sobre todos os povos e nações, poderes ilimitados, a adoração e subserviência de grande parte da humanidade (“todos os habitantes da terra cujo nome não está escrito desde a fundação do mundo no livro da vida do Cordeiro Imolado”; Ap 13,8). Dois pontos, entretanto, merecem destaque especial: (i) Ap 13,3: “Uma de suas cabeças parecia mortalmente ferida, mas a ferida mortal foi curada.” (ver referência similar em Ap 13,12); (ii) Ap 13,5: “Foi-lhe dada uma boca para proferir palavras insolentes e blasfêmias, e também poder para agir durante quarenta e dois meses”.
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