Coisas do Papa Francisco: Ordens religiosas estão chegando ao fim em países europeus
11.04.2015 -
Quem caracteriza o rosto da Igreja Católica são as religiosas e os religiosos. São quase um milhão no mundo. Mas, na Europa e na América do Norte, a maioria dos conventos em breve estarão vazios.
O papa Francisco declarou 2015 como o "ano das ordens religiosas". Na Alemanha, são propostos dias de portas abertas, fins de semana de reflexão e cursos espirituais. Um congresso público sobre a vida religiosa em Berlim, em maio, deveria oferecer uma constatação crítica da situação atual. Mas o congresso foi cancelado repentinamente pela Zentrale der Deutschen Ordenoberen.
"Tem-se o medo de que haverá muita exposição política, especialmente sobre o problema da migração para a Europa. Depois, há a preocupação de que se possa chegar a conflitos entre a hierarquia e os religiosos", afirma o padre Ulrich Engel, dominicano, professor em institutos superiores e, desde sempre, um espírito crítico.
Muitos religiosos são pessoas exemplares quando defendem os direitos humanos e tomam posição em favor de uma teologia crítica. Mas muitos conventos na Europa e na América do Norte já são praticamente lares de repouso para religiosos idosos. Em 2013, formaram-se na Alemanha 62 noviças na sua congregação feminina. Há 60 anos, as noviças eram 3.500.
A idade média dos jesuítas nas províncias de língua alemã é de 65 anos. As outras ordens têm uma média de idade ainda maior.
Para poder fazer com que os mosteiros funcionem, muitas ordens fazem ir à Europa os membros da Índia ou dasFilipinas. Os agostinianos, nos últimos 20 anos, abriram mão de 11 conventos e fundaram um único novo.
Ulrich Engel sintetiza o clima: "A situação parece sem esperança, e o tempo das ordens religiosas parece superado no nosso país. Ou, ao menos, é o que as estatísticas levam a pensar".
Há muitas razões para o desaparecimento das ordens clássicas: a secularização, o consumismo, a crescente distância da Igreja. É fundamental o desconforto em relação aos três votos das congregações: castidade, obediência e pobreza.
Sobre o voto de castidade, debateu-se fortemente desde que se tornaram conhecidos os escândalos de abuso sexual nas escolas das congregações. O problema sobre o qual é difícil discutir é o seguinte: um homem na casa dos 30 anos ou uma mulher de 25 anos podem jurar que irão viver "para sempre" em castidade, isto é, sem erotismo e sexualidade? A quase total ausência de novas adesões é uma resposta.
O voto de obediência parece hoje bastante inócuo. Na falta de pessoal, cada membro da ordem pode escolher hoje o trabalho que lhe agrada e no qual mais se adapta. Se o superior de uma ordem impõe que um membro realize um determinado trabalho, "o indivíduo é bastante livre para aceitar totalmente, ou em parte, ou até mesmo a recusar", afirma o padre dominicano Thomas Eggensperger. A obediência se transforma em uma espécie de "livre escolha".
Para a opinião pública, a irritação surge em relação ao voto de pobreza. Sobre a questão do dinheiro, as ordens religiosas se calam ainda mais do que as dioceses ou o Vaticano. Elas não estão prontas para declarar com precisão o montante do patrimônio de uma província ou de um convento individual.
Arnulf Salmen, da Zentrale der Deutschen Ordensoberen, tenta motivar essa atitude: "As comunidades religiosas não recebem dinheiro dos impostos da Igreja e devem se encarregar da sua manutenção, do sustento dos religiosos idosos e do financiamento dos seus projetos sociais e pastorais. A conferência dos superiores das ordens não tem conhecimento dos orçamentos dos seus membros".
Mas será preciso se preocupar com isso, já que o diretor do "ministério das ordens" vaticano, o cardeal João de Aviz, diz: "O testemunho do Evangelho exige uma administração das obras totalmente transparente".
O fato é que diversas ordens se beneficiam dos impostos para a Igreja. "Cerca de 70% dos padres pertencentes às ordens estão a serviço das dioceses, com contratos (Gestellungsverträgen)", afirma Ulrich Engel.
Isso significa que as províncias religiosas são beneficiárias dos impostos pagos pelos leigos. Além disso, as ordens são entidades de direito público e, portanto, têm consideráveis benefícios fiscais.
Quem, por exemplo, se informa sobre a província alemã dos jesuítas obtém a seguinte resposta: "Os próprios jesuítas – como a maioria das outras comunidades – não sabem exatamente que patrimônio toda a ordem da Alemanha tem".
De fato, as obras individuais – escolas, institutos etc. – atuam autonomamente. Porém, alguém tem uma ideia global? As ordens não revelam o patrimônio.
Um pouco de transparência é oferecida por alguns mosteiros na Áustria. Os premonstratenses de Schlägl explicitam que as suas posses no bosque se estendem por 6.500 hectares, isto é, 65 quilômetros quadrados. Também obtém receitas da produção de cerveja, de um hotel, da produção de eletricidade ecológica a partir de hidrelétricas.
A Augustiner-Chorherren-Stift Klosternneuburg indica a posse de 8.000 hectares de bosque. Também possui 108 hectares de vinhedos, administra 700 apartamentos e tem muitos contratos de locação de imóveis.
Naturalmente, a manutenção do esplêndido palácio-convento custa muito caro, mas, para a restauração, há uma substancial intervenção do Estado austríaco. No entanto, o Klosterneuburg refere que doou em 2013 cerca de 15 mil euros para as vítimas das inundações, e os ricos monges também usam o seu patrimônio para ajudar os pobres da Romênia.
Mas um membro individual de uma ordem religiosa pode ser verdadeiramente pobre em conventos financeiramente bem abastecidos? Os pobres religiosos talvez não vivem muito acima da média da população?
"Absolutamente", afirma o padre beneditino Ghislan Lafont, da França, "a nossa vida como monges está muito acima do nível da classe média. Estamos muito longe de uma Igreja realmente pobre".
Às vezes, as direções das ordens não podem mais esconder que são realmente ricas. Por exemplo, o superior-geral dos franciscanos, Anthony Perry, teve que admitir no fim de 2014 que a central dos franciscanos em Roma estava no vermelho, porque o seu ecônomo, Giancarlo Lati, tinha feito especulações de diversos milhões de euros.
Lati tinha errado investindo no luxuoso projeto do hotel Il Cantico, em Roma, e tinha feito investimentos duvidosos naSuíça, em parte também em empresas de produção de armas. O superior não explica a origem desses milhões de euros – não exatamente quantificados – em posse dos freis mendicantes.
O superior-geral da ordem dos camilianos, Renato Salvatore, não queria desperdiçar as "suas boas relações com os gerentes suspeitos", relata a imprensa italiana. Para realizar um novo projeto de construção de uma clínica da ordem em Nápoles, com o parceiro de negócios Paolo Oliveiro, fez com que fossem presos por policiais falsos, em novembro de 2013, dois coirmãos que tinham expressado suas críticas ao projeto.
Desse modo, sem os seus votos contrários, esperava poder ser reeleito como superior-geral da ordem e realizar o seu projeto. Essa farsa terminou com a prisão do superior. E, nesse meio tempo, foi eleito um novo superior.
Conclusão: as ordens na Europa perderam a oportunidade de criar novas formas de vida religiosa, com membros leigos casados e celibatários, que permitissem a sua sobrevivência.
Na Holanda, são os "leigos dominicanos", por enquanto cerca de 60 homens e mulheres, que levam adiante a congregação de padres que está se extinguindo. Uma experiência importante, mas ainda uma exceção.
Com tradução de Moisés Sbardelotto para IHU Online e Blog Paulo Lopes
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Nota de www.rainhamaria.com.br
Lembrando o Artigo Publicado em 03.02.2015
O que faziam os frades do Seminário dos Franciscanos da Imaculada para merecer que o Seminário fosse fechado por ordem de Francisco?
Histórico e comovente vídeo que mostra imagens do último dia de funcionamento do seminário dos Franciscanos da Imaculada. Neste dia, o interventor nomeado por Jorge Bergoglio pôs fim a uma das mais belas páginas do catolicismo pós-conciliar.
Desde então, boa parte dos frades foi embora, fugindo da depravação bergogliana de sua ordem. Outros estão em prisão domiciliar (sic), como o fundador, padre Manelli; outros foram exilados na África. Um dos episódios mais vis da triste história pós-conciliar, tão rica em episódios vis.
A razão? Os franciscanos da Imaculada são culpados do mais hediondo crime aos olhos de Francisco e seus comparsas modernistas: O crime de fé católica (que zela por tudo que é Sagrado: "O zelo da tua casa me consome". São João 2, 17) Fonte: http://www.christeeleyson.com
Video: O último dia dos Franciscanos da Imaculada
Nota final de www.rainhamaria.com.br
Por Dilson Kutscher
Francisco mostra-se cada vez mais inimigo implacável dos conservadores na Igreja.
Os conservadores vão sendo isolados e os liberais (em doutrina e costumes) vão sendo honrados e postos em posições de poder. Quem puder negar estes fatos, faça se puder.
O Papa São Pio X, em sua Carta Encíclica, Pascendi Dominici Gregis, de 8 de setembro de 1907, na qual ele condenou a heresia do modernismo, escreveu que os hereges “não estavam apenas dentre os inimigos declarados da Igreja; mas, o que é mais assustador e deplorável é que eles estavam em seu próprio seio.” Ele chama esses modernistas de “os mais perniciosos de todos os adversários da Igreja”. Salienta que eles buscam destruir a Igreja a partir de dentro e escreve que esse perigo “está presente quase nas próprias veias e coração da Igreja.”
O Tempo do Anticristo - por Cardeal John Henry Newman
(escrito no ano de 1838, Oxford , na festa de São Pedro)
"Nos tempos do Anticristo a Igreja de Deus sobre a terra verá reduzido grandemente o número aparente de seus fiéis devida a aberta deserção dos poderes deste mundo.Esta deserção começará por uma indiferença a toda forma de cristianismo, sobre a aparência de uma tolerância universal. Mas esta tolerância não procederá de um verdadeiro espírito de caridade e indulgência mas de uma projeto que tem por fim destruir o cristianismo pelo incentivo as seitas. Esta pretensiosa tolerância irá muito mas além de uma justa tolerância a inclusive a que diz respeito as diversas denominações cristãs. Pois os governos pretenderão ser indiferentes a todas e não darão proteção preferencial a nenhuma. Da tolerância das mas pestíferas heresias passarão logo a tolerância do islamismo , do ateísmo e por fim virá a perseguição explícita da verdade do cristianismo. Nesses tempos o Templo de Deus se verá reduzido aos santos , isto é , ao pequeno número dos verdadeiros cristãos que adoram o Pai em espírito e em verdade e que regem estritamente sua doutrina e culto e toda sua conduta , pela Palavra de Deus".
COMO EU JÁ DISSE...
Chegou a hora do "martirio da Igreja", isto me lembra do grande Santo Atanásio, que por defender a sã doutrina, foi condenado como perturbador da comunhão eclesial! Hoje, depois que a Igreja canonizou Santo Atanásio como ínclito defensor da Fé e da Tradição, fica fácil dizer que estavam certos aqueles poucos que ficaram ao lado do Santo e foram expulsos das igrejas oficiais, sendo obrigados a se reunirem nos desertos debaixo de sol e chuva, mas conservando a fé intacta e respondendo aos hereges: vocês têm os templos, nós temos a Fé! (Cfr. São Basílio, ep. 242, apud Cardeal Newman – Arians of the Fourth Century, apêndice V).
Disse Santo Atanásio:
"Não devemos perder de vista a Tradição, a Doutrina e a Fé da Igreja Católica, tal como o Senhor ensinou, tal como os Apóstolos pregaram e os Santos Padres transmitiram. De fato, a Tradição constitui o alicerce da Igreja, e todo aquele que dela se afasta deixa de ser Cristão e não merece mais usar este nome. Mesmo que os católicos fiéis à Tradição estejam reduzidos a um punhado, são eles que são a verdadeira Igreja de Jesus Cristo.”
O FIM DOS TEMPOS SERÁ O TEMPO DOS "ATANÁSIOS".
QUE HÃO DE DEFENDER AS TRADIÇÕES DA IGREJA E ZELAR PELA CASA DE DEUS.
QUE COMBATERÃO PELA HONRA E GLÓRIA DO DEUS ALTISSIMO...
COMBATERÃO A APOSTASIA, A FUMAÇA DE SATANÁS DENTRO DA IGREJA.
Declarou o Arcebispo francês Marcel Lefebvre
Em Homilia proferida em Lille, em 29 de agosto de 1976.
"Não somos contra ninguém. Não somos destacamentos. Não desejamos mal a ninguém. Queremos somente que nos deixem professar nossa fé em Nosso Senhor Jesus Cristo. E por causa disso nos expulsam de nossas igrejas, expulsam esses pobres padres que dizem a missa tradicional pela qual todos os nossos santos e nossas santas foram santificados: Santa Joana d’Arc, o Santo Cura d’Ars, Santa Teresa do Menino Jesus.
E é por isso que não estamos no cisma, somos os continuadores da Igreja católica. São aqueles que fazem as novidades que estão no cisma. Nós continuamos a Tradição, e é por isso que devemos confiar, não devemos nos desesperar mesmo diante da situação atual, devemos manter, manter nossa fé, manter nossos sacramentos,apoiados sobre vinte séculos de tradição, apoiados sobre vinte séculos de santidade da Igreja, de fé da Igreja.
Alguns jornalistas me perguntaram por vezes: “Monsenhor, o senhor se sente isolado?”. “De modo algum, de modo algum, não me sinto isolado, estou com vinte séculos de Igreja, e estou com todos os santos do céu!”
A verdade e o erro não estão em pé de igualdade. Isso seria colocar Deus e o diabo em pé de igualdade, visto que o diabo é o pai da mentira, o pai do erro.
Se acontecesse do papa não fosse mais o servo da verdade, ele não seria mais papa. Não digo que ele não o seja mais – notem bem, não me façam dizer o que não disse – mas se acontecesse disso ser verdade, não poderíamos seguir alguém que nos arrastasse ao erro. Isto é evidente.
Dizem-nos: “Vocês julgam o papa”. Mas onde está o critério da verdade? Dom Benelli jogou na minha cara: “Não é o senhor que faz a verdade”. Claro, não sou eu que faço a verdade, mas também não é o papa. A Verdade é Nosso Senhor Jesus Cristo, portanto devemos nos reportar ao que Nosso Senhor Jesus Cristo nos ensinou, ao que os Padres da Igreja e toda a Igreja nos ensinou, para saber onde está a verdade.
Não sou eu quem julga o Santo Padre, é a Tradição. Uma criança de cinco anos, com seu catecismo, pode muito bem responder para o seu bispo. Se seu bispo viesse lhe dizer: “Nosso Senhor não está presente na Santa Eucaristia. Sou eu que sou a testemunha da verdade e te digo que Nosso Senhor não está presente na Santa Eucaristia”. Pois bem! essa criança, apesar de seus cinco anos, tem seu catecismo. Ela responde: “Mas, o meu catecismo diz o contrário”. Quem tem razão? O bispo ou o catecismo"? (fim)
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