Papa Francisco, Falso Profeta?

É difícil encontrar quem não goste do Papa Francisco. Ele é bonachão, gente boa, humilde, amigo dos pobres, não gosta de riquezas e opulências, não implica com os homossexuais e nem com os abortistas. Dizem até que ele vai andar de fusca, e como se pode ver na foto acima, gosta de coisas simples. Maravilha, não é mesmo?

E se eu lhe disser que o Papa Francisco veio para destruir a igreja católica e blasfemar contra Cristo, você acreditaria? É verdade, e é como católico que eu lhe digo isso.

Francisco é o representante da maçonaria infiltrada na igreja, que finalmente conseguiu eleger o seu papa. É duro dizer, mas o demônio chegou ao papado. Ele é a besta do Apocalipse 13-11 ”que se veste como um cordeiro (símbolo de Cristo), mas fala como um dragão” (blasfema contra Deus).

Você lembra o que Paulo VI disse? “A fumaça de satanás de infiltrou na igreja”. E agora chegou ao seu vértice.

João Paulo I foi assassinado com apenas trinta dias de pontificado, lembra? Tentaram matar João Paulo II logo no início de seu pontificado com um tiro à queima roupa, lembra? E Bento XVI, coitado, foi tão perseguido que acabou tendo que renunciar, como se fosse um incompetente. Escândalos e mais escândalos estouraram em seu pontificado. Até seus documentos pessoais foram roubados, para poder chantageá-lo.

E agora com Francisco não existem mais escândalos sexuais nem financeiros. A mídia, controlada pela maçonaria o está endeusando, fazendo dele um ídolo, um líder inovador, um mito. Reis, rainhas e governantes têm vindo beijar o seu anel, em reverência a “sua santidade”. Que mudança brusca, não é mesmo?

Mas o que deseja Francisco? É simples: a luta entre Deus e o diabo continua. Como o diabo sabe que nada pode contra Deus, passar um tempinho sentado na cadeira de Pedro já está bom, pois de lá ele pode “abrir a boca em blasfêmias contra Deus, para blasfemar o seu nome, o seu tabernáculo e os habitantes do céu” (Apoc. 13-6).

Outra missão de Francisco é facilitar o surgimento do anticristo, pois ele trabalha segundo as ordens deste, pois está sob sua vigilância, como vemos em Apocalipse 13-12. Foi primeiro preciso “ferir o pastor” (Zacarias 13,7), ou seja tirar Bento XVI, para que as ovelhas fossem dispersas (os fies). A partir de agora haverá uma grande confusão e divisão dentro da igreja católica e no mundo todo, e no meio desta confusão surge o anticristo apoiado por Francisco, que aliás já declarou que o microchip (marca da besta) é benéfico para a humanidade, não existindo na Bíblia nada que impeça o seu uso (será que Francisco já leu o Apocalipse alguma vez?)

Outra missão suja de Francisco: promover o aborto e o homossexualismo no mundo. Estes dois pecados são abominações e dão poder à satanás. É por isso que tem dinheiro à vontade para promover parada gay no mundo todo e para praticar o aborto. No Brasil o próprio governo paga o médico para a mulher que queira abortar. Recentemente Francisco afirmou que os católicos são “obcecados” com o aborto e o homossexualismo. Sublimarmente ele disse: “esqueçam aborto e homossexualismo”. Aliás, quando esteve no Brasil Francisco não fez nada para evitar o aborto, cuja lei já estava pronta, e que agora foi assinada por Dilma.

Francisco está usando mensagens sublimares, para blasfemar contra a igreja, para ser mais claro, para avacalhar mesmo com ela.

Quando perguntado pela repórter o que achava do lobby gay dentro do vaticano, Francisco respondeu: “ser gay não tem problema”. E deu uma grande pausa. E depois continuou: “o problema é o lobby gay”.

A mensagem sublimarmente passada: o homossexualismo está liberado. Resultado: explosão do homossexualismo no mundo, tendo sido Francisco eleito o “homem do ano”, pela maior revista gay dos estados unidos. Eu já vi, na missa, vários casais gays se acariciando como se fosse a coisa mais normal do mundo. E ninguém pode falar nada, pois Francisco liberou, mesmo que sublimarmente.

Mas o pior de tudo é que Francisco está atentando contra o sacrifício de Cristo na Cruz. A blasfêmia maior de todas é a de negar o culto devido só a Deus para dá-lo às criaturas e ao próprio satanás.

Cristo derramou seu sangue na cruz para nos salvar. Foi para pagar o pecado de Adão e nos reconduzir ao Pai que Cristo se sacrificou por nós.

Agora, Francisco está anulando o sacrifício de Cristo. Recentemente ele disse: “não é preciso converter ninguém. Ajude o pobre e vá embora”.

Esta afirmação pode parecer bonita e caridosa, porém, ela elimina o sacrifício de Cristo.

Ajudar o pobre, o menor abandonado, o doente, a viúva desamparada e todos aqueles que precisam, é uma conseqüência do amor à Deus. Se amo à Deus, também amo ao meu próximo, e consequentemente o ajudo naquilo que ele precisa. Enquanto esteve na terra, Cristo ajudou intensamente os necessitados. Ajudar ao próximo é uma excelente atitude, que vai ajudar no nosso julgamento diante do Pai, pois “seremos julgados pelas nossas obras” (Rom 2-6).

Mas veja bem, o que salva não é a caridade. Jesus quando enviou os doze apóstolos disse: “Ide ao mundo e pregai o evangelho à toda criatura da terra. Aquele que crer e for batizado, será salvo, mas quem não crer será condenado” (Marcos 16-16).

Cuidado, você pode passar a vida toda fazendo caridade e ir para o inferno.

E é isso que o papa Francisco quer, lhe levar para o inferno. Ele quer tirar Cristo do centro e colocar os pobres, mas pobre não salva ninguém, quem salva é Cristo.

Outra armação pesada de Francisco: “todas as religiões levam a Deus”. Parece bonito não é mesmo? Assim sendo, você pode ir na macumba, que lá você irá encontrar a Deus também.

Mas pense nisto: só Cristo morreu na cruz, logo, o caminho para o céu, é somente através dele. Você já viu algum Buda crucificado? Maomé foi pra cruz? E Alan Kardec, passou por lá? Veja o que disse o próprio Jesus: Eu sou o caminho, a verdade e a vida;ninguém vem ao Pai senão por mim (João 14,6).

Repetindo o que disse Jesus:” Ninguém vem ao pai senão por mim”.

Cuidado: quando Francisco anunciar a criação da igreja ecumênica mundial, unindo todas as religiões, não caia na lábia dele. O que ele quer é lhe afastar de Cristo e levá-lo à Satanás.

Aqui novamente Francisco está querendo lhe levar para o inferno. Siga um caminho diferente ao de Cristo e você vai ver onde vai parar.

Aliás, recentemente Francisco disse que o inferno não existe mais. O que ele quer, é que você não creia mais na existência do inferno, para lhe mandar para lá.

“Roma perderá a fé, e converter-se-á na sede do anticristo". Sabe quem disse isto? Parece coisa de fanático, não é mesmo? Mas esta afirmação é de Maria, mãe de Jesus e nossa, em La salette, França em 1846, aparição reconhecida pela igreja. Veja a mensagem completa (http://www.rainhamaria.com.br/Pagina/366/Os-Segredos-de-La-Salette), você vai se surpreender.

Na verdade, a partir de La Salette, Maria antecipou o que iria acontecer no mundo. Em Fátima, Portugal, em 1917, Maria disse que o demônio se infiltraria até o vértice na igreja, além de ter previsto o fim da primeira guerra, a expansão do comunismo e o início da segunda guerra. Acredita-se que o fato do demônio ter chegado ao papado, faça parte do terceiro segredo de Fátima, que na verdade não foi divulgado.

Em Akita, Japão em 1973 Nossa Senhora disse: "O Diabo se infiltrará até mesmo na Igreja de tal um modo que haverá cardeais contra cardeais, e bispos contra bispos. Serão desprezados os padres que me veneram e terão opositores em todos os lugares. Haverá vandalismo nas Igrejas e altares. A Igreja estará cercada de asseclas do demônio que conduzirá muitos padres a lhe consagrar a alma e abandonar o serviço do Senhor".

Eu já vi dois padres, em uma emissora católica, em rede nacional, incentivar o casamento civil gay, e ainda citam as encíclicas do papa Francisco para justificar tal abominação. O que os padres não dizem, é que os afeminados vão para o inferno, pois “não vos enganeis: nem os impuros, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os devassos, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os difamadores, nem os assaltantes hão de possuir o Reino de Deus” (1Cor 6, 9-10), e também Apoc 21.8: Os tíbios, os infiéis, os depravados, os homicidas, os impuros, os maléficos, os idólatras e todos os mentirosos terão como quinhão o tanque ardente de fogo e enxofre, a segunda morte. Se você ler as mensagens marianas como La Salette, Akita, Fátima, Lourdes e outras, vai se surpreender com o que Maria tem dito. O problema é que Deus e sua mãe foram esquecidos por esta geração.

Assim sendo, o aviso foi dado. Muita coisa ainda vai acontecer daqui para frente. Fique atento pois Cristo realmente está voltando para instalar seu definitivo reino de amor. Não fique de fora.

Movimento de Resistência Católica Viva Bento XVI

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terça-feira, 16 de agosto de 2016

MAIS LOUCURAS DO PAPA FRANCISCO


A cada dia que passa partem do Vaticano e deste mau colegiado novas loucuras, onde eles mostram a que vieram, e eles vieram decididos a destruir a Doutrina da Igreja. Ontem atendi ao telefone um grupo de senhoras, grupo de oração que nos pede livros, e comentei a respeito do Francis, e percebi que elas levaram um choque, bom choque. O que pércebi é que muitos católicos, inclusive dentre os que rezam como elas, estão sentindo no coração que algo de grave se passa com ele, mas não conseguem discernir, porque simplesmente desconhecem a Doutrina da Igreja. O que estes precisam é apenas de um pequeno empurrão, uma pequena sacudida, e então se acendem para a realidade. Foi o que aconteceu com aquelas boas e fiéis senhoras. Que agora vão rezar mais do que nunca! E bilhões estão assim, esperando de uma Luz, um pequeno empurrão...
De fato, muitos percebem que ele está fazendo coisas erradas, mas como faz também coisas boas, preferem ignorar aquelas e ficar com estas, isso quando o simples fato de um erro, UM SÓ ERRO, bastaria para desconfiar de tudo o que ele faz e diz, porque é tido e aceito que um Papa não pode errar, especialmente em matéria de doutrina. Ora, no juramento que faz assim que assume o Trono de Pedro, um Papa jura solenemente JAMAIS derrubar aquilo que outros papas disserem, escreveram ou promulgaram, que já faça parte da Tradição bi-milenar da Igreja. Entretanto, tudo o que Francis tem feito é exatamente demolir com aquilo que os outros Papas nos legaram. E isso as pessoas não percebem, pois muitos se fiam da inverdade, de que TUDO aquilo que um Papa fala é a verdade absoluta, porque muitos já erraram e feio, e este erra mais do que qualquer outro.
Portanto todos devem se manter atentos, pedir as Luzes do Divino Espírito Santo, para que ser capazes de perceber as armadílhas, as insídias que ele esconde em suas bem estudadas e capciosas palavras, que parecem santas por frente, mas no fundo escondem veneno, e veneno mortal. O Apocalipse fala de uma besta, que é instruída pela outra e que age sob as ordens desta. Ora é isso que as boas profecias atuais nos tem dito. Portanto, olhos e ouvidos atentos, porque nem tudo que reluz é ouro, e é preciso cuidar para que a ganga imunda não seja confundida com precioso metal. E a ganga que vem dele é a pior de todas, porque mata almas, que são para Deus um tesouro infinito.
Abaixo segue mais um bom artigo, demolindo a mentira de que os judeus não precisam de conversão. Isso contraria o que está em nosso Catecismo, e, portanto, fere a doutrina da Igreja, conforme o Concílio de Florença. Ademais, se os judeus não precisassem de conversão, Jesus teria sido um louco se deixando matar pela redenção da humanidade e pelo resgate do seu povo. Isso derruba qualquer tese vaticana neste sentido. Contraria também o profeta Zacarias, que fala dos lamentos que Israel fará quando souber e aceitar que Jesus é o Messias que tanto eles esperaram.
Ademais, enquanto eles não acreditarem que Jesus é o Filho de Deus e forem batizados, estarão fora dos caminhos da salvação, não do resgate. Eles podem ser salvos pelos caminhos da misericórdia, não pelo direito natural, que implica no crer naquilo que Jesus ensinou e no que a Igreja Católica ensina e seus Sacramentos. Vejamos estes...

Guias cegos: Vaticano anuncia que não é necessário converter os judeus

Contrariando o Magistério perene, o documento pretende que o termo pacto/aliança significa uma relação com Deus que está vigente de diferentes maneiras para judeus e cristãos”, e isso não quer dizer que os judeus sejam excluídos da salvação de Deus porque eles não creem em Jesus Cristo como o Messias e Filho de Deus
DonsChamado
John Vennari – Catholic Family News | Tradução Sensus fidei: O Vaticano acaba de publicar um dos piores documentos da época pós-conciliar. Sob o título: “Os Dons e o Chamado de Deus são irrevogáveis”,[1] é o último aggiornamento nas relações católicos-judeus. O texto foi publicado para comemorar o 50º aniversário do decreto do Concílio Vaticano II que trata dos judeus, Nostra Aetate.
 A exposição de documentos:
  • O Novo Pacto não substitui a Antiga Aliança;[2]
  • A Igreja Católica, em princípio, não deveria ter a missão de converter os judeus;[3]
  • A Palavra de Deus está presente para os judeus de hoje através da Torá (equivalente à Palavra de Deus que está presente entre os cristãos por meio de Jesus Cristo);[4]
  • Judeus de agora se encontram em uma posição aceitável diante de Deus no que diz respeito à salvação;[5]
  • “O termo pacto/aliança, portanto, significa uma relação com Deus que está vigente de diferentes maneiras para judeus e cristãos”;[6]
  • “Isso não quer dizer que os judeus sejam excluídos da salvação de Deus porque eles não creem em Jesus Cristo como o Messias e Filho de Deus”.[7]
No estilo modernista padrão, o documento desencadeia torrentes de palavras sobre estas e questões semelhantes, no entanto, finge que não existem pronunciamentos dogmáticos inconvenientes do passado que contradizem estes pontos.
Em nenhum lugar do último texto do Vaticano vemos alguma menção sobre a doutrina dogmática infalível do Concílio de Florença que diz: “os pagãos, judeus, hereges e cismáticos estão fora da Igreja Católica”, e, como tal, “nunca poderão ser partícipes na vida eterna, a menos que, antes da morte, unam-se à única e verdadeira Igreja de Jesus Cristo, a Igreja Católica”.[8]
Em parte alguma do texto vemos a citação do Catecismo do Papa S. Pio X, que séculos mais tarde, apresenta a mesma verdade sem alteração: “Fora da Igreja verdadeira são: infiéis, judeus, hereges, apóstatas, cismáticos e pessoas excomungadas”, e ainda, “Ninguém pode salvar-se fora da Igreja Católica, Apostólica e Romana, assim como ninguém poderia ser salvo do dilúvio da Arca de Noé, que era uma figura da Igreja”.[9]
Em nenhuma parte deste último texto vemos uma reiteração da solene profissão de fé do Concílio de Florença, sob o Papa Eugênio IV, que ensina:
“A sacrossanta Igreja Romana… crê firmemente, professa e ensina que a questão relacionada com o Antigo Testamento, da lei mosaica, que está dividida em cerimônias, ritos sagrados, sacrifícios e sacramentos, que foram estabelecidos para significar algo no futuro, embora fossem adequados para o culto divino naquele tempo, depois da vinda de Nosso Senhor, representado por eles, cessaram e os sacramentos do Novo Testamento começaram; …Todos, portanto, aqueles que depois desse tempo observem a circuncisão e o sábado e as outras exigências da lei, que [a Igreja Romana] declara alheia à fé cristã, não estão minimamente aptos a participar na salvação eterna, a menos que algum dia se recuperem destes erros”.[10]
A doutrina da superação do Antigo Testamento pelo Novo é uma doutrina universal e perpétua da Igreja Católica que não pode ser diluída para se adequar às exigências dos clérigos ecumênicos. No entanto, o novo documento do Vaticano trabalha poderosamente para negar a verdade sobre este ponto. “Os Dons e o Chamado de Deus são Irrevogáveis” é uma avalanche de heterodoxia. Constitui um grave perigo para a fé, especialmente para aqueles que não estão bem fundamentados sobre o tema.[11]

Sem autoridade magisterial

“Os Dons e o Chamado de Deus” foi assinado pelo sempre ecumênico Cardeal Kurt Koch, Prefeito do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade Cristã, que foi elevado a esta posição de prestígio pelo supostamente conservador Papa Bento XVI.[12]
O Prefácio dos documentos afirma: “O texto não é um documento magisterial ou ensinamento doutrinal da Igreja Católica, mas é uma reflexão elaborada pela Comissão de Relações Religiosas com os Judeus…” Em outras palavras, como o primeiro ministro Sir Humphrey diria, o texto é “não oficialmente oficial, mas oficialmente não oficial”.
Apesar do fato de o texto não ter nenhuma autoridade magisterial e não (não pode) forçar a consciência católica de nenhuma maneira, o texto será amplamente percebido como a posição católica oficial do momento. Nos meios de comunicação de todo o mundo ecoa o título: “Vaticano diz que católicos não devem tentar converter os judeus”,[13] portanto, o estrago está feito.
Embora exploraremos mais a fundo este documento problemático em edições futuras, focaremos aqui na verdadeira doutrina católica de que a Antiga Aliança foi substituída e tornada obsoleta pela Nova Aliança, e que aqueles que se aferram ao moderno Judaísmo não estão – na ordem objetiva – em uma posição aceitável diante de Deus a respeito da salvação.
Nosso Senhor Jesus Cristo disse aos judeus: “Se não acreditais que Eu Sou [o Messias], morrereis em vossos pecados” (Jo 8,24). Em outro lugar Ele diz aos judeus: ”Esquadrinhais as Escrituras, porque nelas acreditais ter a vida eterna. E são elas que dão testemunho de Mim, no entanto, não estais dispostos a virdes a mim para terdes a vida” (Jo 5, 39-40).
São João, fiel aos ensinamentos de Nosso Senhor, diz o mesmo: “Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? Ele é o Anticristo que nega o Pai e o Filho” (1Jo 2,22).
Esta negação de Jesus como o Cristo constitui a própria essência do Judaísmo moderno. O pós-Concílio do Vaticano estampa uma data de expiração para as palavras de Nosso Senhor, fingindo que estas palavras já não se adaptam à nossa época pós-Shoá (pós-Holocausto).

Mons. Fenton ao Resgate

Voltemo-nos mais uma vez para a explicação magistral sobre este assunto a partir de Mons. Joseph Clifford Fenton.
Mons. Fenton, como sabem os leitores de CFN, foi um dos americanos mais proeminentes da metade do século XX. Ele escreveu sua tese de doutorado sob a supervisão do reverenciado Pe. Reginald Garrigou-Lagrange, e estava imbuído da escola teológica tomista Romana.
Ao contrário dos teólogos modernistas que construíram uma nova teologia situacional para atender às necessidades ecumênicas,[14] Mons. Fenton foi um expoente fiel e competente do Magistério perene da Igreja.
Além disso, Mons. Fenton foi um teólogo católico estudioso e perito, e não um blogueiro precipitado. Ele aprofunda o necessário para desenvolver plenamente os seus temas que o leitor sério valorizará e aplicará seu tempo se quer ficar bem fundamentado sobre o assunto.

O conceito da Salvação

Em 1958 Mons. Fenton publicou seu excelente livro A Igreja Católica e a Salvação.[15] A seção do livro de Fenton pertinente a este debate é intitulado: “O conceito de salvação”,[16] onde explica:
  • O verdadeiro significado da palavra salvação;
  • O aspecto social da salvação, isto é, a doutrina católica tradicional sobre o “Reino de Deus contra o reino de Satanás”;
  • Como este aspecto social da salvação é abordado no sermão de São Pedro no primeiro Pentecostes ;
  • Como não existe uma possível reconciliação do ensinamento de São Pedro com a noção modernista de que aqueles que aderem às falsas religiões estão em uma posição aceitável diante de Deus.
Mons. Fenton começa este capítulo do livro[17] com um lembrete de que Cristo é nosso Salvador e que Seu trabalho é eminentemente de salvação. Para ilustrar exatamente o que se entende por “salvação”, Fenton narra a história real do navio a vapor América, cuja tripulação valente havia salvado a vida das tripulações de vários barcos de pesca que tinham sido inundados pelas tormentas do Atlântico. A tripulação do América recolhera as vítimas dos barcos naufragados a que se agarravam trazendo-as para a segurança do navio a vapor.
Os homens que estavam agarrados a seus barcos naufragados foram salvos, no sentido de que eles foram transferidos de uma posição em que inevitavelmente teriam se afogado, para a segurança do barco a vapor e, finalmente, para a terra firme de seus próprios países. Se estes homens fossem simplesmente transferidos de um barco para outro, não poderia se dizer que eles foram “salvos”.
Fenton explica que a salvação dos homens, descrita na revelação pública divina, é a salvação no sentido estrito do termo. A salvação é um processo “pelo qual os homens são removidos de uma condição ou estado que iria envolvê-los na morte eterna se eles permanecessem dentro dela, a uma condição na qual eles podem desfrutar a vida eterna e a felicidade”.[18]

A doutrina dos dois reinos

Mons. Fenton, em seguida, sublinha que, segundo a Doutrina Católica tradicional, há um aspecto social para o processo de salvação. A compreensão deste aspecto social é crucial se quisermos compreender plenamente a doutrina da salvação como ensinado infalivelmente pela Igreja Católica.
bbc_cnvt_jwsDe acordo com os desígnios de Deus, o homem que é transferido do estado de pecado original ou mortal para o estado de graça é trazido de alguma forma dentro de uma unidade social real. Esta unidade social é o reino sobrenatural de Deus. No Céu esta comunidade é a Igreja Triunfante, a companhia dos eleitos que gozam da visão beatífica. Na terra, é a Igreja militante. Este “Reino sobrenatural de Deus” é a Igreja Católica, o Corpo Místico de Cristo.
Em oposição a este Reino de Deus, no entanto, há outro reino, um reino do mal. “Não devemos perder de vista o fato”, escreve Fenton, “que as pessoas no estado de aversão a Deus, no estado do pecado original ou mortal, pertencem de alguma maneira ao reino ou ecclesia [“igreja”] sob a liderança de Satanás, o espírito motor entre os inimigos de Deus. Portanto, o processo da salvação implica, necessariamente, a transferência de um indivíduo de uma unidade social ou comunidade para outra, do reino de Satanás para o reino verdadeiro e sobrenatural de Deus. Isto é o que se entende por ‘aspecto social da salvação’”.
O Papa Leão XIII trouxe as relações destes dois “reinos” da carta encíclica contra a Maçonaria, “Humanum Genus”, que podem ser resumidas em três pontos básicos:
  • O mundo está divido em dois campos opostos; o reino de Cristo contra o reino de Satanás;
  • Cada ser humano pertence a um ou outro destes dois campos;
  • Desde a queda de Adão, estes dois reinos têm estado em conflito um com o outro, e continuarão em conflito até o fim dos tempos.
O Papa Leão XIII escreve:
“O Gênero Humano, após sua miserável queda de Deus, o Criador e Doador dos dons celestes, ‘pela inveja do demônio,’ separou-se em duas partes diferentes e opostas, das quais uma resolutamente luta pela verdade e virtude, e a outra por aquelas coisas que são contrárias à virtude e à verdade. Uma é o reino de Deus na terra, especificamente, a verdadeira Igreja de Jesus Cristo; e aqueles que desejam em seus corações estar unidos a ela, de modo a receber a salvação, devem necessariamente servir a Deus e Seu único Filho com toda a sua mente e com um desejo completo. A outra é o reino de Satanás, em cuja possessão e controle estão todos e quaisquer que sigam o exemplo fatal de seu líder e de nossos primeiros pais, aqueles que se recusam a obedecer à lei divina e eterna, e que têm muitos objetivos próprios em desprezo a Deus, e também muitos objetivos contra Deus.
“Este reino dividido Sto. Agostinho penetrantemente discerniu e descreveu ao modo de duas cidades, contrárias em suas leis porque lutando por objetivos contrários; e com sutil brevidade ele expressou a causa eficiente de cada uma nessas palavras: ‘Dois amores formaram duas cidades: o amor de si mesmo, atingindo até o desprezo de Deus, uma cidade terrena; e o amor de Deus, atingindo até o desprezo de si mesmo, uma cidade celestial.’ Em cada período do tempo uma tem estado em conflito com a outra…”[19]

Os Dois Reinos nos Atos dos Apóstolos

O verdadeiro aspecto social da salvação é apresentado na Sagrada Escritura no sermão de São Pedro no primeiro Pentecostes, e nos resultados desse sermão.
Lemos em Atos: “Ao ouvirem essas coisas, ficaram compungidos no íntimo do coração e indagaram de Pedro e aos demais apóstolos: Que devemos fazer, homens e irmãos?
“Pedro lhes respondeu: Arrependei-vos e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo.
“…Ainda com muitas outras palavras exortava-os, dizendo: Salvai-vos do meio dessa geração perversa!
“Os que receberam a sua palavra foram batizados. E naquele dia elevou-se a mais ou menos três mil o número dos adeptos.
“Perseveravam eles na doutrina dos apóstolos, na reunião em comum, na fração do pão e nas orações” (At 2, 37-42).
Mons. Fenton indica quatro pontos importantes contidos nesta passagem:
  1. São Pedro exortou aqueles que o ouviam para “salvarem-se desta geração perversa”. Isto indica claramente que as pessoas a quem São Pedro abordava não faziam parte do Reino de Deus, mas do reino de Satanás.
  2. Os indivíduos que “receberam sua palavra” receberam o Sacramento do Batismo. Eles foram “adicionados” ao número dos discípulos de Cristo que tinham estado com São Pedro desde o tempo da Ascensão de Nosso Senhor.
  3. Os discípulos originais, junto com estes novos membros, continuaram a fazer exatamente o que vinham fazendo desde o dia da Ascensão de Nosso Senhor ao céu: “Perseverando na doutrina dos apóstolos, na fração do pão e nas orações” (cf. At 1, 14; At 2, 37).
  4. Esta sociedade dos discípulos de Cristo, em que 3 mil foram adicionados naquele dia, era a nova ecclesia de Nosso Senhor, o Reino de Deus na terra, a Igreja Católica.

A geração perversa é o reino de Satanás

Mons. Fenton passa a explicar toda a importância da passagem bíblica acima.
“Agora, se as palavras de Pedro nesta ocasião não significavam absolutamente nada”, escreve, “elas significam, então, que as pessoas a quem ele [São Pedro] estava falando se encontravam em uma situação que as levaria à ruína eterna se continuassem na mesma. Eles foram descritos como pertencentes a uma “geração perversa”. Foram instruídos a se salvar para ficar fora dela. A instituição na qual eles entrariam pelo simples fato de deixar “esta geração perversa” não era outra senão a sociedade dos discípulos de Nosso Senhor, a própria Igreja Católica.
“A implicação clara da declaração de São Pedro é que a Igreja, o Reino de Deus, é a única instituição ou unidade social de salvação. Não estar dentro desta sociedade significa estar na geração perversa em que se é confrontado com a ruína espiritual eterna. Para sair da geração perversa era necessário entrar na Igreja”.
fenton_catholic_family_newsMons. Fenton diz que São Pedro está aqui ensinando a mesma doutrina exata de Sto. Agostinho e do Papa Leão XIII em “Humanum Genus”, mencionada anteriormente; ou seja, toda a raça humana está dividida entre o reino de Deus (a Igreja) e o reino de Satanás. Para ser salvo do reino de Satanás, deve-se entrar no Reino de Deus,ecclesia de Cristo.
Por isso, esta passagem dos Atos demonstra que por instituição de Deus, a Igreja Católica, o primeiro e único Reino sobrenatural de Deus na terra, é apresentado como um meio necessário para a realização da salvação: “Por instituição de Deus, o processo de salvação em si envolve uma passagem do reino de Satanás para a Igreja de Cristo”.
Neste ponto, Mons. Felton habilmente utiliza essas passagens bíblicas de Atos para combater falsos ensinamentos sobre a salvação que foram depois aparecendo “em alguns livros e artigos recentes”. Veremos que os falsos ensinos que nos dirigiram em 1958 são os mesmos erros que agora estão sendo propagados por muitos dentro dos mais altos escalões da Igreja do pós-Vaticano II.
Fenton escreve: “É imperativo compreender a condição religiosa do povo a quem São Pedro pronunciou seu sermão naquela primeira manhã de Pentecostes”. Os Atos dos Apóstolos referem claramente que São Pedro estava dirigindo o seu sermão aos judeus, judeus devotos, judeus piedosos, judeus que estavam praticando fielmente sua religião: “…estavam então em Jerusalém judeus, homens piedosos de todas as nações debaixo do céu”.
Os Atos relatam que esses judeus que estavam ouvindo o sermão de São Pedro tinham ido a Jerusalém e vinham de todas as partes do mundo: “Partos, medos, elamitas, habitantes da Mesopotâmia, da Judeia e da Capadócia, do Ponto e da Ásia, da Frígia, da Panfília, Egito e partes da Líbia ao redor de Cirene, e estrangeiros de Roma”, etc. (At 2, 7-17).
Mons. Fenton observa que de acordo com o texto dos Atos, “um grande número dessas pessoas eram peregrinos, homens e mulheres que tinham vindo a Jerusalém para celebrar a grande festa judaica de Pentecostes. Nosso Senhor havia morrido na Cruz havia pouco mais de sete semanas antes de São Pedro proferir aquele sermão, e muitas das pessoas que ouviram São Pedro deviam estar a caminho de Jerusalém no momento em que Nosso Senhor morreu. Haviam começado sua peregrinação como um ato de adoração na religião judaica no mesmo momento em que a religião judaica era a única especificamente aprovada por Deus, e quando a comunidade político-religiosa judaica era, na verdade, o reino sobrenatural de Deus na terra, a ecclesia do Antigo Testamento.
Essas pessoas provavelmente não tinham nada a ver com a perseguição e assassinato do Verbo Encarnado de Deus. Haviam começado sua viagem como membros do povo escolhido de Deus, o povo de Sua aliança. Sua viagem a Jerusalém foi feita justamente para adorar e honrar a Deus. Eram indivíduos verdadeiramente devotos.
“No entanto, sete semanas antes, o corpo religioso a que pertenciam tinha deixado de ser ecclesia de Deus. A unidade sócio-política-religiosa judaica tinha definitivamente rejeitado Nosso Senhor, o Messias prometido no Antigo Testamento”.
Fenton continua: “…Ao rejeitar o próprio Redentor, esta unidade social havia rejeitado automaticamente o ensino que Deus havia a Seu respeito. A rejeição desta mensagem constitui um abandono da própria fé divina. Manifestando essa rejeição da fé, a unidade religiosa judaica caiu de sua posição como a sociedade do povo escolhido. Já não mais era ecclesia de Deus, o seu reino sobrenatural na terra. Tornou-se parte do reino de Satanás”.
Enquanto a grande unidade social judaica estava rejeitando o Verbo de Deus encarnado, o pequeno grupo de discípulos que Nosso Senhor organizara em torno de si mesmo, manteve a sua fé. Este pequeno grupo de discípulos continuou a receber a mensagem divinamente revelada de Nosso Senhor.
“Assim”, Fenton ensina, “no momento da morte de Nosso Senhor no Calvário, o momento em que a antiga dispensação foi encerrada e a associação religiosa judaica deixou de ser o reino sobrenatural de Deus na terra, esta sociedade recentemente organizada dos discípulos de Nosso Senhor começou a existir como a ecclesia, a igreja, o Reino”.
“Esta [nova] sociedade era a verdadeira continuação de Israel. Os homens que estavam dentro dela eram verdadeiros filhos de Abraão. que a conservavam a verdadeira fé de Abraão. Esta sociedade foi a nova associação do povo escolhido. Seus membros eram, como São Paulo os chamou, os eleitos ou povo escolhido de Deus”.[20]
“Por isso”, escreve Fenton “quando São Pedro falou à multidão no primeiro Pentecostes cristão, a sociedade da qual ele havia sido constituído a cabeça visível, era realmente aEcclesia Dei [Igreja de Deus], o término do necessário processo de salvação. Seus ouvintes que, algumas semanas antes, tinham pertencido ao reino sobrenatural de Deus na terra em razão de sua pertença à antiga comunidade israelita, agora, na verdade, encontraram-se na “geração perversa”, precisamente em virtude da mesma associação. Quando São Pedro falou para eles, eles estavam em uma condição em que precisavam ser salvos. Não eram mais membros do povo escolhido.
“Ao acatar e obedecer às palavras de São Pedro”, continua Fenton, “recuperaram a posição que anteriormente possuíam, e sua nova posse da dignidade da pertença àecclesia tornou-se muito mais perfeita e completa do que a que tinham anteriormente. “A Antiga Aliança centra-se na promessa do Redentor; mas a Nova Aliança consiste na vinda do Redentor, a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, que se encarnara e fora morto para reconciliá-los com Deus.

Aqueles na Antiga Aliança devem se converter

Mons. Fenton insiste para não perdermos o seu ponto vista. Ele escreve: “É extremamente importante para nós lembrar que o povo a quem São Pedro instou a salvar-se da geração perversa na qual estavam vivendo naquele momento, definitivamente não eram homens de qualquer religião. Eram membros devotos do estabelecimento que tinham sido, menos de oito semanas antes, reino sobrenatural de Deus na terra”. Com efeito, esses judeus ficaram “tão comovidos pelo zelo ao serviço de Deus” que de bom grado viajaram grandes distâncias para participar nas cerimônias religiosas no templo de Jerusalém.
No entanto, São Pedro não recomendou a Igreja a estes judeus piedosos como algo que é simplesmente “mais perfeito” do que a afiliação religiosa que já possuíam. Tampouco lhes disse: “O fim da Antiga Aliança significa um relacionamento com Deus que entra em vigor de diferentes maneiras para judeus e cristãos. Vocês, judeus, estão, portanto, em uma posição aceitável diante de Deus, a Igreja não deve ter a missão de converter vocês, então, vamos apenas dialogar, ser uma bênção uns para os outros e trabalhar juntos pela paz e a justiça entre os homens”.
Não. Mons. Fenton enfatiza que São Pedro “deixou claro que era necessário para eles transferirem-se de “geração perversa” em que se encontravam então, para a condição da salvação. A aceitação de seu ensino era, de fato, a entrada na Igreja.
“Este é o aspecto social básico do processo de salvação”, explica Fenton, “nesse processo, está sempre envolvido uma passagem ou um transitus do reino do inimigo espiritual de Deus ao reino real do próprio Deus, Sua Ecclesia. São Pedro deixou claro que ao entrar na Igreja, as pessoas a quem ele estava falando nesse primeiro Pentecostes cristão, estavam realmente sendo salvas”. Como foi ilustrado pela analogia mencionada anteriormente, esses judeus não estavam sendo traslados de um barco em condições de navegar para um melhor. Eles foram trasladados de uma posição onde enfrentaram a perdição eterna para uma vida e segurança dentro do Reino de Deus na terra, a Igreja Católica.

Ecos de von Hügel

Neste ponto, Mons. Fenton trata de um erro específico promovido pelo modernista, Barão Friederisch von Hügel; um erro que foi então ganhando aceitação por muitos clérigos e teólogos católicos na década de 1950; um erro hoje promovido de uma forma ou de outra por muitos clérigos como resultado do Concílio Vaticano II.
“Não devemos perder de vista o fato”, Fenton adverte, “que em nossos dias há, por vezes, uma tendência a imaginar que as pessoas que se encontram numa situação comparável a das pessoas para as quais o sermão de São Pedro fora dirigido estão realmente numa posição aceitável. As pessoas que incentivam esta tendência têm o cuidado de afirmar que a Igreja Católica está mais vantajosamente colocada do que outros grupos religiosos no mundo. Afirmam que a Igreja tem a plenitude da mensagem revelada por Deus; mas, ao mesmo tempo, também insistem que outras religiões são realmente de Deus, e que constituem a plenitude do ensinamento de Deus para aqueles que Ele não chama a posição mais elevada do catolicismo”.
Mons. Fenton, então, cita diretamente “o modernista von Hügel”, que promoveu este falso ensino em um livro que tinha então sido recentemente republicado nos Estados Unidos.
De acordo com von Hügel:
“A religião judaica não era falsa durante os 13 séculos de operações pré-cristãs; era, naquela época, a mais completa autorrevelação de Deus e a mais profunda apreensão do homem em relação a Deus; e esta mesma religião judaica pode ser, ainda é, a mais completa verdade religiosa para muitos indivíduos a quem Deus deixa em sua boa fé; não necessitando irem diretamente à mais completa, a mais completa, luz e auxílio do cristianismo. O que é especialmente verdade da religião judaica é, em menor grau, mas ainda muito real, verdadeiro no maometismo, e até mesmo no hinduísmo, etc”.[21]
Mons. Fenton demonstra a falsidade da doutrina de von Hügel e sua incompatibilidade com a verdade católica. E o faz extraindo as implicações diretas das palavras de nosso primeiro Papa; ou seja, o sermão de São Pedro, no primeiro Pentecostes, como registrado nas infalíveis Sagradas Escrituras.
Fenton escreve: “Von Hügel, como outros de sua classe, teve o cuidado de insistir em que ‘não é verdade que todas as religiões são igualmente puras, igualmente verdadeiras, igualmente frutíferas’. Mas, na verdade, nem mesmo o mais militante e ignorante ateu jamais afirmou que eram. Sua posição é completamente incompatível com o ensinamento de São Pedro em seu sermão no primeiro Pentecostes cristão. Ele, [von Hügel] apresenta religiões não-católicas como aceitáveis, embora menos perfeitas do que o catolicismo. Se sua afirmação fosse de alguma maneira verdadeira, então São Pedro teria sido culpado de enganar seriamente as pessoas a quem ele falou naquela manhã de Pentecostes”.
Não, diz Mons. Fenton: “Definitivamente não é verdade dizer que o homem é salvo quando transferido de um estado menos perfeito para uma condição mais perfeita. Ele é salvo apenas por ser transferido de uma posição ruinosa para um estado em que ele pode viver como deveria”.
Mons. Fenton então aponta a contradição flagrante entre o ensino modernista de von Hügel e a verdadeira doutrina católica. Ele escreve: “Von Hügel descreveu a condição religiosa do povo a quem São Pedro falou como “ainda na plenitude da verdade religiosa para muitos indivíduos a quem Deus deixa em sua boa fé; de não necessitarem diretamente a completa, a mais completa, luz e auxílio do cristianismo”. “Por outro lado, São Pedro afirmou que estes indivíduos estavam em uma geração perversa, e disse-lhe para se salvarem dela. Não há possibilidade de qualquer acordo entre as duas”.
Ecumenistas conciliares de hoje tem ido ainda além de von Hügel em sua reivindicação sobre que a Igreja deveria — em princípio — não ter a missão de converter judeus. A necessidade de resistir a esses ensinamentos venenosos compete a todos os católicos.
Fique conosco para uma nova análise de “Os dons e o Chamado de Deus” que também incluirá um exame de Nostra Aetate do Vaticano II, que o cardeal Koch, designado pelo Papa Bento XVI, celebra como “uma reorientação fundamental da Igreja Católica”.[22] Também olharemos o que o Papa Francisco fez e disse no domínio das relações entre judeus e católicos modernos.

“Algo fora de moda hoje em dia…” 

Para fechar: Mons. Fenton estava ciente de que esses novos ensinamentos contrários à fé católica foram infectando as mentes de muitos clérigos. Em 1958, quando se publicou o livro A Igreja Católica e a Salvação, ele advertiu que embora se tenha tornado cada vez mais impopular em nossos dias, devemos permanecer fiéis à infalível doutrina católica, e insistir sobre a necessidade absoluta de estar dentro da Igreja Católica para a salvação.
“Em todas as épocas da Igreja”, escreve ele, “tem havido uma parte da doutrina cristã que os homens foram especialmente tentados a interpretar mal ou a negar. Em nossos tempos, é esta parte da verdade católica, trazida com um força e clareza especial por São Pedro em seu primeiro sermão missionário em Jerusalém. Está algo fora de moda hoje insistir, como fez São Pedro, que aqueles que estão fora da verdadeira Igreja de Cristo têm necessidade de ser salvos, deixando as suas próprias posições e entrar na Igreja. No entanto, isso ainda continua a ser uma parte da própria mensagem revelada por Deus.[23]
Notas:
[1] Título completo: “The Gifts and the Calling of God are Irrevocable” (Rom 11;29), A Reflection on the Theological Questions Pertaining to the Catholic-Jewish Relations on the Occasion of the 50th Anniversary of ‘Nostra Aetate’ (No. 4)”, issued by the Vatican Commission for Religious Relations with the Jews, December 10, 2015.
[2] Ibid., 17, 23 e seguintes.
[3] Ibid., 40.
[4] Ibid., 24.
[5] Ibid, Section 5.
[6] Ibid., # 27.
[7] Ibid., #38.
[8] Bull Cantate Domino, issued by Pope Eugene IV at the Council of Florence, February 4, 1442.
[9] Catecismo do Papa São Pío X, [Publicado em 1910, e republicado por Instauratio Press, Austrália), págs. 31 e 4.
[10] Denzinger, 1348.
[11] O que significa dizer a maioria dos católicos contemporâneos.
[12] Discutiremos o ponto de vista ecumênico modernista do Papa Bento XVI e do Cardeal Koch sobre este tema no futuro.
[13] New York Times, 10 de dezembro de 2015.
[14] Mais em nossa próxima edição sobre esta questão, que irá incluir citações de teólogos tomistas sólidas no momento do Concílio advertindo que a teologia católica estava sendo torcida e subvertida por teólogos progressistas “católicos” para acomodar uma nova abordagem ecumênica. Isto é precisamente o que ocorre no documento “Os Dons e o Chamado”.
[15] La Iglesia y la Salvación Católica, a la luz de la Resolución reciente por la Santa Sede,Mons. Joseph Clifford Fenton, Newman Press, 1958.
[16] Alguns leitores perceberão do porquê nós escolhemos esta exposição de Mons. Fenton. Uma vez que é uma das melhores exposições sobre o tema e deve ser indicado ao público católico, especialmente à luz da presente toxina ecumênica que agora vem dos mais altos níveis da Igreja.
[17] Igreja Católica e salvação, parte II, secção I, “O conceito de salvação”. Estamos exibindo e citando as páginas 133 a 143 desta seção. Em todos as citações, grifos acrescentados pelo autor.
[18] Mons. Fenton esclarece que “faz parte da doutrina católica que a entrada na Igreja… é uma parte do processo da salvação. É também uma parte da doutrina católica, no entanto, isto não é absolutamente a única parte. Um homem se salva do mal, de pertencer ao reino de Satanás por sua entrada na Igreja, mas esta entrada de nenhuma maneira constitui uma garantia de que possa realmente desfrutar da visão beatífica por toda a eternidade. O processo da salvação não está totalmente terminado, um homem não pode se dizer que está ‘protegido’ no sentido pleno do termo, até que tenha alcançado a mesma visão beatífica”. Ibid., p. 145.
[19] O sublinhado é meu. Esta citação é tirada de Mons. Fenton A Igreja Católica e a Salvação, p. 135.
[20] Para um tratamento mais completo, consulte o excelente artigo de Mons. Joseph C. Fenton, “O Significado da Igreja”, American Ecclesiastical Review, outubro 1954.
[21] Cartas de Baron von Hugel uma sobrinha (Chicago: Henry Regnery Company, 1955), p. 115. Citado por Mons. Fenton na Igreja Católica e Salvação, p. 142.
[22] “Sobre a base de Nostra Aetate – 50 anos de diálogo entre cristãos e judeus,” o cardeal Kurt Koch, Conferência na Pontifícia Universidade de Santo Tomás de Aquino (Angelicum), Centro João Paulo II, Roma, 16 de maio de 2012. Publicado pelo Conselho de relações Centros católicos judeus.
[23] Ibid., P. 145. [ênfase acrescentada].

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