CRIME HEDIONDO !
Recentemente, o Brasil ficou chocado com o assassinato duma criança, que foi jogada pela janela do apartamento em que morava; e também duma adolescente que foi sequestrada e finalmente morta pelo ex-namorado.
É normal que nos indignemos com tais actos desumanos.
Todavia, quase ninguém se indigna quando uma criança indefesa é esquartejada ainda no ventre da sua própria "mãe"!
E são milhares de carnificinas, ou envenenamentos, de nascituros, perpetrados no Brasil, em cada dia!
Inúmeros pezinhos e mãozinhas ensanguentados e rostos com olhos esbugalhados são jogados todos os dias nos contentores de lixo dos hospitais e das 'clínicas' assassinas!
E não venham sofismar que ali ainda não havia 'vida humana'.
A vida começa a formar-se e a desenvolver-se no útero da mãe, e continua fora dele; porém, desde o começo, já é um ser humano.
Jesus, ainda criança em gestação, exultou no ventre da sua Mãe, quando ela visitou a sua prima Isabel, que estava grávida de João Baptista (Lucas 1, 41).
Os médicos sérios afirmam que as crianças têm reacções e sentimentos ainda no ventre das suas mães.
Deus autorizou a vida; Deus deu a vida logo no início do embrião; portanto, não temos o direito de tirá-la, pois estamos infringindo o 5.º Mandamento da Lei de Deus, que preceitua"Não matar".
Algumas mulheres alegam que não têm condições financeiras para criarem os seus filhos.
Sim, por vezes, isso mesmo pode acontecer, lamentavelmente.
Porém, para cada mãe sem condições financeiras de criar o seu filho, existem centenas, ou talvez milhares, de casais que querem adoptá-lo, assim como há muitas casas de adopção.
Acontece que há, infelizmente, excesso de lentidão da justiça nos processos de adopção, ao ponto de chegar-se a pensar que também a “justiça” prefere o aborto.
Se uma mulher ama realmente o seu filho, faz como a mãe que, diante do rei Salomão, preferiu doar o seu filho, a vê-lo morto (Reis 3, 24-27).Porém, o que é que realmente nos leva a viver numa sociedade tão abortista e criminosa?
O problema é que estamos demasiado voltados para o prazer e a vaidade, pois as relações sexuais deixaram de ser expressão do amor, para se tornarem em mais uma diversão modernista e tantas vezes animalesca.
Fazer sexo, hoje em dia, é como ir ao cinema, ver um DVD, ir ao teatro, à praia, ao supermercado, a um bom restaurante, etc.
Quando a vinda duma criança ameaça o nosso prazeiroso modo de vida, mandamos exterminá-la, para que não nos prejudique nem incomode; essa é a mais terrível verdade!
As raparigas, por vaidade, não querem ver os seus corpos 'deformados' pela gravidez.
No entanto, fazem sexo, insensatamente!
Desde crianças, são mais ensinadas a serem fêmeas do que mulheres e futuras mães.
Depois, quando se vêem diante duma gravidez indesejada, optam pelo mais fácil, matando o próprio filho!
Mas será isto realmente o mais fácil?
Pelo contrário, seria mil vezes preferível suportarem o peso da gravidez, do que aguentarem o brutal peso da consciência assassina.
Os rapazes acham que ainda têm muito para se divertirem na vida, e não querem assumir responsabilidades.
São jovens, descomprometidos, têm os seus estudos pela frente, mas também matam, em cumplicidade com as raparigas que engravidam e abortam.
E embora o peso de consciência seja menor, devido ao facto de que na mulher o vínculo não é somente espiritual, mas também carnal; no fundo, o vermezinho do remorso não deixará também de carcomê-los.
"O amor e a responsabilidade são realidades inerentes", já dizia o Papa João Paulo II.
Quem ama a Deus, luta pela vida humana.
Quem odeia, mata; cultua o "deus da morte" e presta-lhe vassalagem!
O sexo não é "área de lazer", ao contrário do que dolosamente dizia certo apresentador de televisão.
Quem faz dos genitais uma 'área de lazer', pode mais adiante fazer do corpo inteiro 'área de sofrer', quando chegar o Supremo Juiz, com a espada da Justiça.
Quem ama, assume. Quem não ama, some, ou manda matar!
Esta é a triste realidade dos tempos ditos 'modernos' e 'civilizados'.
E o pior fica para a mulher, sendo quase sempre ela a maior culpada.
Os psicólogos alertam para as graves consequências emocionais e psíquicas, que o aborto provoca na mulher, muitas vezes para toda a vida.
Os (bons) médicos alertam para as graves consequências da saúde da mulher, ao ponto de muitas se tornarem estéreis.
A sociedade actual tornou-se tão ávida pelo excesso de prazeres, que, nos Estados Unidos, o candidato 'socialista' está à frente nas sondagens, justamente porque promete revolucionar a economia dos EUA, que vai de mal a pior, apesar de ser favor do aborto!
Quanto aos milhões de nascituros, que serão assassinadas com o apoio desse provável presidente, ninguém liga a isso, desde que os bolsos estejam cheios de dinheiro!
Quando se ofende um comum ser humano, deve-se uma reparação.
Quando se ofende um 'presidente da república', deve-se uma reparação maior.
Quando se ofende à Deus, deve-se uma reparação infinita, na medida em que Deus é Infinito!
Abortar não é só uma grave ofensa à Deus. É uma afronta infinita!
Além do mais, extermina-se uma vida que o Criador já havia concebido antes de todos os séculos.
Mesmo antes de haver a matéria criada, a criança abortada já existia no coração de Deus.
Usurpou-se o direito de Deus ver um Seu novo filho nascendo, e tirou-se o direito do nascituro à vida!
Na verdade, uma dupla e imensa afronta!
Cada criança abortada criminosamente é a Cristo que se mata!
Foi o próprio Jesus que advertiu: “Quem recebe uma criança em Meu nome, é a Mim que recebe” (Mt 18, 5).
Cristo está na alma e na pureza angelical duma criança (a partir da concepção); logo, quando se mata uma criança, é a Cristo que se mata!
E Maria sabia disso, quando fugiu com Jesus, ainda bebé, pelo deserto até ao Egipto, nas costas dum burrinho, para assim escapar à matança dos Inocentes pelo cruel Herodes.
Mais uma vez, ela ensina-nos o que é ser Mãe.
A Justiça Divina é, neste mundo, bastante lenta, para bem de todos nós, pois Deus espera pacientemente pela conversão e volta dos Seus filhos.
Porém, a Justiça do Criador não tem faltado ao longo dos séculos; que o digam, por exemplo, Sodoma e Gomorra.
E também é Jesus que nos dá uma noção do julgamento dos abortistas:“Se alguém fizer mal a uma criança, melhor fora que lhe atassem ao pescoço uma mó de moinho e o lançassem ao fundo do mar” (Mt 19, 6).
Só a Deus pertence o castigo, assim como só a Deus pertence a verdadeira Justiça (Deut. 32, 35).
E como é terrível cair nas mãos do Senhor dos Exércitos, ou de Deus Vivo!
É melhor assumir a Cristo que nasce, através de cada criança, ou ficar em terrível dívida com o Criador?
Reflicta profundamente nisso.
Autor: Haroldo Burle
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