Em 20 de novembro de 2016 terá início um evento astronômico que durará nove meses e meio e culminará em uma surpreendente coincidência com a visão do Apocalipse 12. Este evento astronômico, em todos os seus detalhes, é único na história da humanidade
Patrick Archbold |
The Remnant |
Adelante la Fe |Tradução Sensus fidei:
Nota do autor: Neste artigo pretendo expor uma série de fatos e observações sem chegar a uma conclusão definitiva. No entanto, estes fatos e observações são de tal natureza que se prestam a ser mal interpretados quando observados e identificados. Quero deixar claro que neste artigo não pretendo vaticinar nada. Limito-me a fazer alguns comentários sobre alguns fenômenos que estão por vir, tanto por parte do céu e como dos homens, que podem ser interessantes para quem estiver ciente deles.
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Em 23 de setembro de 2017 a constelação de Virgem com o sol ascendendo logo atrás (a mulher vestida de sol). Isto acontecerá durante o centésimo aniversário das aparições da “Mulher vestida de sol”, Nossa Senhora de Fátima em 1917. O que significa isto?
O grande sinal no céu
Se o Senhor nos desse um sinal, seríamos capazes de reconhecê-lo? E se Ele como já bem fez em outras ocasiões, pusesse-nos um grande sinal no céu, um presságio de grandes e terríveis acontecimentos, será que notaríamos? Estaremos tão ocupados como muitos que nos precederam, que não nos preocupamos em olhar para o alto? Se o Senhor nos enviasse esse sinal hoje mesmo, nós o veríamos? E se chegássemos a vê-lo, importaríamos com ele ou o rejeitaríamos como uma tola superstição?
E se eu lhes dissesse que se aproxima um portentoso evento astronômico em termos de precisão, contexto e momento assemelha-se ao sinal descrito no Apocalipse? Você levantaria o olhar?
“Apareceu em seguida um grande sinal no céu: uma Mulher revestida do sol, a lua debaixo dos seus pés e na cabeça uma coroa de doze estrelas. Estava grávida e gritava de dores, sentindo as angústias de dar à luz. Depois apareceu outro sinal no céu: um grande Dragão vermelho, com sete cabeças e dez chifres, e nas cabeças sete coroas. Varria com sua cauda uma terça parte das estrelas do céu, e as atirou à terra. Esse Dragão deteve-se diante da Mulher que estava para dar à luz, a fim de que, quando ela desse à luz, lhe devorasse o filho. Ela deu à luz um Filho, um menino, aquele que deve reger todas as nações pagãs com cetro de ferro. Mas seu Filho foi arrebatado para junto de Deus e do seu trono”.
A Estrela de Belém
Antes de começar, é importante deixar claro o contexto. É parte inegável e incontestável de nossa fé que há 2 mil anos atrás se valeu de um evento astronômico para se comunicar com o homem: a Estrela de Belém. Muitas pessoas, ao imaginar a Estrela de Belém, se é que imaginam, pensam em uma enorme maciça que brilhou sobre Belém, não óbvia para todos que fez que os magos empreendessem uma longa viagem para conhecer o rei prometido.
Sabemos que esta versão é incorreta porque quando os Magos chegaram a Jerusalém, apenas 8 quilômetros de Belém, tiveram que explicar o que viram e por que eles interpretaram daquela forma. O rei Herodes, sua corte e o resto de Jerusalém, em grande parte ignoravam sobre a Estrela de Belém. As pessoas daquela cidade, como nós, estavam ocupadas trabalhando para suas famílias e em suas vidas diárias. Embora estivesse sobre suas cabeças aquele grande sinal que anunciava o nascimento do Salvador, o próprio Filho de Deus, ninguém o notou e nem se importou.
Para entender o contexto do sinal do Apocalipse 12, é útil examinar mais a fundo a Estrela de Belém. Que foi a Estrela de Belém e por que vieram os Magos quando ninguém mais a avistara? Muito simples: porque prestavam atenção.
Há uma hipótese convincente que sustenta que a Estrela de Belém foi uma série de ocorrências astronômicas normais que deram lugar a conjunções muito excepcionais que anunciavam simbolicamente o nascimento de um rei. É importante ressaltar que isso não tem nada a ver com a astrologia. A astrologia se define em qualquer enciclopédia como:
“A arte de adivinhação, que tenta prever acontecimentos terrestres e humanos por observação e interpretação de estrelas fixas, o sol, a lua e os planetas. Seus partidários acreditam que a compreensão da influência dos planetas e das estrelas sobre os assuntos da terra podem prever o destino dos indivíduos, sociedades e nações e exercer influência sobre eles”.
A Igreja Católica condena sem rodeios a astrologia, assim como todas as formas de adivinhação (CIC 2116). Mas os sinais como a Estrela de Belém não são adivinhações do destino baseadas nas estrelas, mas um símbolo astronômico regular se se tem em conta que algumas vezes o Senhor do universo se serve de sua criação para comunicar-se com o homem. A Bíblia está cheia de casos que o confirmam. O Salmo 19 diz:
“Narram os céus a glória de Deus, e o firmamento anuncia a obra de suas mãos. O dia ao outro transmite essa mensagem, e uma noite à outra a repete. Não é uma língua nem são palavras, cujo sentido não se perceba, porque por toda a terra se espalha o seu ruído, e até os confins do mundo a sua voz (Sl 18-19 1-5).
São Paulo cita este salmo na epístola aos Romanos, quando afirma que os judeus estavam cientes da vinda do Messias.
“A fé provém da pregação e a pregação se exerce em razão da palavra de Cristo. Pergunto, agora: Acaso não ouviram? Claro que sim! Por toda a terra correu a sua voz, e até os confins do mundo foram as suas palavras (Sl 18,5).
São Paulo deixou claro que os judeus sabiam sobre o Messias porque os céus lhes haviam dito. Paulo, obviamente, não endossava a astrologia; apenas indicava que Deus pode se servir dos céus para anunciar seus planos, e de fato o faz. Pode-se dizer muito mais sobre a diferença entre a astrologia e a compreensão dos sinais nos céus, mas de momento nos limitaremos a mostrar que buscar no céu a confirmação e o anúncio dos planos de Deus é legítimo dentro de um contexto ou aplicação apropriados.
Então, que foi a Estrela de Belém? Como disse, há uma convincente hipótese que a Estrela de Belém foi uma série de ocorrências astrológicas com um simbolismo eloquente. Pode-se encontrar mais informação (em inglês) em
BethlehemStar.net, mas tentarei resumir.
Entre os anos 3 e 2 a. C. ocorreu uma tríplice conjunção entre Júpiter (o planeta rei, em movimento retrógrado) e Regulus (a estrela rainha). Provavelmente, os Magos interpretaram esta tríplice conjunção como um enorme anúncio luminoso no céu, que cintilava dizendo: REI-REI-REI. Tudo começou com o Ano Novo judaico e na constelação de Leão (o leão, símbolo da tribo de Judá). Portanto, representava claramente o rei dos judeus, da tribo de Judá. O sinal era muito claro para os que estavam familiarizados com o Messias. Além disso, justamente atrás de Leão ascendia a constelação de Virgem, com o sol atrás e a lua a seus pés.
Após esta incrível conjunção tripla, Júpiter começou a avançar pelo céu para o oeste, até alinhar-se em conjunção com Vênus, planeta associado com a maternidade. A conjunção do rei e dos planetas com a mãe dos planetas foi tão próxima que formava o objeto mais brilhante do firmamento. Jamais se vira algo assim.
Toda esta simbologia do rei de Judá e da Virgem foi suficiente para mobilizar os Magos até Jerusalém, mas pode-se entender que o cidadão comum de Jerusalém não notara.
Júpiter continuou avançando para o oeste até que se deteve. Quando o fez (como visto de Jerusalém), deteve-se ao sul, sobre o povoado de Belém, em 25 de dezembro do ano 2 a.C. Isso é claramente comprovado através de um moderno programa astronômico que mostra o céu em qualquer momento da história e de qualquer perspectiva. Com esta tecnologia, podemos não somente estudar os céus do passado, mas também os do futuro.
No contexto que acabo de descrever, voltemos nosso olhar para os céus do futuro, que mais uma vez mostram sinais muito simbólicos.
Repassemos os primeiros versículos de Apocalipse 12.
“Apareceu em seguida um grande sinal no céu: uma Mulher revestida do sol, a lua debaixo dos seus pés e na cabeça uma coroa de doze estrelas. Estava grávida e gritava de dores, sentindo as angústias de dar à luz”.
O autor do Apocalipse indica claramente que esta visão é um sinal no céu. O que veremos no céu em um futuro próximo?
Em 20 de novembro de 2016 terá início um evento astronômico que durará nove meses e meio e culminará em uma surpreendente coincidência com a visão do Apocalipse 12. Embora eu não seja astrônomo, minhas pesquisas indicam que este evento astronômico, em todos os seus detalhes, é único na história da humanidade.
No dia 20 de novembro de 2016, Júpiter (o planeta rei) entrará no corpo (ventre) da constelação de Virgem (a Virgem). Júpiter, em movimento retrógrado, passará os 9 meses e meio seguintes dentro de Virgem. Este período coincide com um período normal de gestação de um bebê.
Depois destes nove meses e meio, Júpiter sairá do ventre de Virgem. Junto com a saída de Júpiter (nascimento), em 23 de setembro de 2017, veremos a constelação de Virgem com o sol ascendendo por trás (a mulher vestida de sol). Aos pés da Virgem, vemos a lua. E sobre sua cabeça encontraremos uma coroa de doze estrelas, formada pelas nove habituais constelação de Leão, somadas aos planetas Mercúrio, Vênus e Marte.
É uma série verdadeiramente surpreendente de eventos, e tem um grau impressionante de coincidência com a visão de Apocalipse 12.
Qual é o significado de tudo isso, se é que há algum? A resposta é óbvia: não sabemos. Agora, não estamos longe de um possível contexto.
Acontece que esses eventos ocorrerão durante o centenário da aparição da “mulher vestida de sol”, Nossa Senhora de Fátima em 1917. O auge destas ocorrências astronômicas ocorrerá tão somente a 3 semanas antes que se cumpram os cem anos do grande milagre de Fátima, onde o sol “dançou” (outro sinal celeste), que foi testemunhado por milhares de pessoas.
Quase um século transcorreu desde então, e durante este tempo, temos visto cumprir-se as advertências de Nossa Senhora com grande precisão. As pessoas não pararam de ofender a Deus, temos visto guerras terríveis, nações devastadas, os erros da Rússia espalhados pelo mundo inteiro e, de fato, mesmo dentro da Igreja. E ainda esperamos que se cumpram suas promessas, o triunfo de seu Imaculado Coração e um período de paz para o mundo inteiro.
O que não é tão bem conhecido é que na história de Fátima há indicações sobre a importância que pode ter um período de cem anos. Em agosto de 1931, Irmã Lúcia hospedou-se com uma amiga em Rianjo (La Coruña, Espanha). Nosso Senhor lhe apareceu ali para queixar-se porque os pedidos de sua Mãe não tinham sido atendidos, e disse: “Participa meus ministros que, dado seguirem o exemplo do Rei de França, retardando a execução de meu pedido, também eles hão de segui-lo em desgraça. Nunca é tarde demais para recorrer a Jesus e a Maria”.
E, em seguida, em outro texto, Irmã Lúcia citou Nosso Senhor dizendo: “Não quiseram atender meu pedido… Como o rei da França, eles se arrependerão, e o farão, mas será tarde. A Rússia terá espalhado os seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja. O Santo Padre terá muito que sofrer”.
As menções ao rei da França são interessantes em relação ao que estamos expondo, já que se referem explicitamente as petições que o Sagrado Coração fez ao rei da França em 17 de junho de 1689 por meio de Santa Margarida Maria Alacoque. Luís XIV e seus sucessores não responderam ao pedido de Nosso Senhor em consagrar a França ao Sagrado Coração de Jesus. Como resultado, em 17 de junho de 1789, exatamente cem anos depois do dia do pedido, a Assembleia Nacional da Revolução Francesa assumiu o governo da França e despojou o monarca de seu poder. Mais tarde, o rei perdeu sua cabeça na revolução.
Não é possível saber em que medida tem o valor de referência a este período de cem anos, ou se o cronômetro começou a correr e quando, mas é interessante e relevante no contexto do que dizemos.
E, claro, muitos já conhecem a visão do Papa Leão XIII na qual disse ter ouvido que fora concedido a Satanás cem anos para tentar destruir a Igreja. Imediatamente depois desta visão, Leão XIII compôs a oração a São Miguel Arcanjo na qual roga-se para que nos defenda na batalha e seja nossa defesa contra a perversidade e as maldades do demônio. Depois adicionou as orações leoninas ao final da missa, mas foram suprimidas pelo Concílio Vaticano II.
Enquanto vivemos em tempos de turbulência dentro da Igreja, em que se descartam e subestimam os fundamentos da fé e as próprias palavras e mandamentos de Nosso Senhor, é impossível não recordar a visão do papa Leão XIII.
A propósito da crise atual, nesta era de falsa misericórdia devo enfatizar que a data a partir da qual começará o evento astronômico, em 20 de novembro de 2016, é a mesma que finaliza o Ano da Misericórdia decretado pelo papa Francisco. E isso não é nada menos do que o mesmo dia da festa de Cristo Rei.
Em conclusão, volto a insistir que não sou dono da verdade quanto ao significado do evento astronômico descrito, se é que há algum. Além disso, eu não tenho a pretensão de saber o futuro nem acontecimentos futuros relacionados com o cumprimento das promessas de Fátima. Escrevi isso porque me encontro em uma situação parecida com a dos Magos de 2 mil anos atrás. Levanto os olhos para o céu e digo: “Senhor, tens toda a minha atenção”.
[Tradução ao espanhol de Marilina Manteiga.
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