Filhos prediletos, hoje recordais a minha segunda Aparição na pobre Cova da Iria, em Fátima, a 13 de junho de 1917.
Já vos tinha predito, desde então, tudo o que estais vivendo nestes tempos.
Anunciei-vos a grande luta entre Mim, a Mulher vestida de sol, e o enorme dragão vermelho, que levou a humanidade a viver sem Deus.
Predisse-vos também o astucioso e tenebroso trabalho, realizado pela maçonaria, para vos afastar da observância da Lei de Deus e vos tornar assim vítimas dos pecados e dos vícios.
Como Mãe, vos quis advertir sobretudo do grande perigo que ameaça hoje a Igreja, devido a muitos ataques diabólicos que se fazem contra ela para a destruir.
Para atingir este objetivo, vem da terra, para ajudar a besta negra que se levanta do mar, uma besta com dois chifres semelhantes aos de um cordeiro.
O cordeiro, na Sagrada Escritura, sempre foi o símbolo do sacrifício. Na noite do êxodo, o cordeiro é sacrificado e, com o seu sangue, são aspergidos os umbrais das casas dos hebreus para os subtrair do castigo, que atinge, ao contrário, todos os egípcios. A Páscoa hebraica recorda este fato todos os anos com a imolação de um cordeiro, que é sacrificado e consumido.
No Calvário, Jesus Cristo Se imola pela Redenção da humanidade. Ele mesmo Se faz a nossa Páscoa, tornando-Se o verdadeiro Cordeiro de Deus que tira todos os pecados do mundo.
A besta tem na cabeça dois chifres semelhantes aos de um cordeiro.
Ao símbolo do sacrifício está intimamente unido o do sacerdócio, representado pelos dois chifres.
No Antigo Testamento o Sumo Sacerdote usava um turbante com um diadema em forma de dois chifres.
Na Igreja, a mitra – com dois chifres – é usada pelos bispos, para indicar a plenitude do seu sacerdócio.
A besta negra semelhante a uma pantera indica a maçonaria; a besta com dois chifres semelhante a um cordeiro indica a maçonaria infiltrada no interior da Igreja, isto é, a maçonaria eclesiástica , que se difundiu sobretudo entre os membros da hierarquia.
Esta infiltração maçônica no interior da Igreja já vos tinha sido profetizada por Mim em Fátima, quando vos anunciei que satanás se introduziria até o vértice da Igreja. Obs: AGORA ELES CHEGARAM AO PODER COM O PAPA FRANCISCO. (comentário meu).
Se a tarefa da maçonaria é conduzir as almas à perdição, levando-as ao culto de falsas divindades, o objetivo da maçonaria eclesiástica é antes destruir Cristo e a Sua Igreja, construindo um novo ídolo, isto é, um falso cristo e uma falsa igreja.
Jesus Cristo é o filho de Deus vivo, é o Verbo Encarnado, é verdadeiro Deus e verdadeiro Homem porque une na sua Pessoa divina a natureza humana e a natureza divina.
Jesus, no evangelho, deu de Si mesmo a sua definição mais completa, dizendo ser a Verdade, o Caminho e a Vida.
Jesus é a Verdade porque nos revela o Pai, nos diz a sua Palavra definitiva, levando toda a Revelação divina ao seu perfeito cumprimento.
Jesus é a Vida porque nos dá a própria Vida divina, através da graça, por Ele merecida com a redenção, e institui os sacramentos como meios eficazes através dos quais é comunicada a graça.
Jesus é o caminho que conduz ao Pai por meio do Evangelho, que Ele nos deu como caminho a percorrer para chegar à salvação.
Jesus é a Verdade, porque Ele – Palavra Viva – é a fonte e o Selo de toda a revelação divina.
Então a maçonaria eclesiástica age de maneira a obscurecer a sua Palavra divina por meio de interpretações naturais e racionais e, na tentativa de a tornar mais compreensiva e acolhida, esvazia-a de todo o seu conteúdo sobrenatural.
É assim que se difundem os erros em toda a parte da própria Igreja Católica. É devido à difusão destes erros que muitos se afastam hoje em dia da verdadeira Fé, cumprindo-se assim a profecia que vos fiz em Fátima: virão tempos em que muitos perderão a verdadeira fé. Ora, a perda da fé é apostasia.
A maçonaria eclesiástica age de modo astucioso e diabólico para conduzir todos à apostasia.
Jesus é a Vida porque dá a Graça.
É objetivo da maçonaria eclesiástica justificar o pecado, apresentá-lo já não como um mal, mas como um valor e um bem. Assim, aconselha-se a cometê-lo como um modo de satisfazer as exigências da própria natureza, destruindo a raiz da qual pode nascer o arrependimento, dizendo-se que já não é necessário confessá-lo.
Fruto pernicioso deste maldito câncer, que se difundiu por toda a Igreja, é o desaparecimento da confissão individual em toda a parte.
As almas são levadas a viver no pecado, recusando o dom da vida que Jesus nos ofereceu.
Jesus é o Caminho que conduz ao Pai, por meio do Evangelho.
A maçonaria eclesiástica favorece as exegeses que dão interpretações racionalistas e naturais do evangelho, por meio da aplicação dos vários gêneros literários, despedaçando-o assim em todas as suas partes.
No fim, chega-se até ao ponto de negar a realidade histórica dos milagres e da sua Ressurreição e põe-se em dúvida a própria divindade de Jesus e a sua missão salvadora.
Depois de ter destruído o Cristo histórico, a besta com dois chifres semelhantes a um cordeiro procura destruir o Cristo místico que é a Igreja.
A Igreja instituída por Cristo é uma só: a Igreja Santa, Católica, Apostólica, Una, fundada sobre Pedro.
Tal como Jesus, também a Igreja fundada por Ele, que forma o seu Corpo Místico, é verdade, vida e caminho.
A Igreja é verdade, porque foi somente a Ela que Jesus confiou a missão de guardar, na sua integridade, todo o depósito da fé. Confiou-o à Igreja hierárquica, isto é, ao Papa e aos bispos unidos a ele.
A maçonaria eclesiástica procura destruir esta realidade com o falso ecumenismo, levando à aceitação de todas as igrejas cristãs, afirmando que cada uma delas possui uma parte da verdade. Cultiva o projeto de fundar uma igreja ecumênica universal, formada pela fusão de todas as confissões cristãs, entre as quais a Igreja Católica.
A Igreja é vida porque dá a graça e só ela possui os meios eficazes da graça, que são os sete sacramentos.
É vida, especialmente porque foi só a ela que foi dado o poder de gerar a Eucaristia, por meio do sacerdócio ministerial e hierárquico. Jesus Cristo está realmente presente na Eucaristia com o seu Corpo glorioso e com sua divindade.
Então a maçonaria eclesiástica procura atacar, através de muitas maneiras astuciosas, a piedade eclesial para com o sacramento da Eucaristia. Desta só valoriza o aspecto da Ceia, tende a minimizar o seu valor sacrificial e procura negar a presença real e pessoal de Jesus nas hóstias consagradas.
É por isso que se foram suprimidos gradualmente todos os sinais exteriores indicativos da fé na presença real de Jesus na Eucaristia, como as genuflexões, as horas de adoração pública, o santo costume de rodear o Sacrário de luzes e de flores.
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