"Papa Francisco é Pôncio Pilatos para a Venezuela"
Amanhã faz 100 anos da primeira aparição de Fátima. O comunismo está ainda por aí e dentro da Igreja. Infelizmente, o que Nossa Senhora nos alertou sobre os "erros da Rússia" ainda está forte entre nós e no Vaticano.
Vejamos o caso da Venezuela.
Acima são venezuelanos carregando cruzes negras no Vaticano, cruzes representando os mortos pela ditadura de Maduro. Mas parece que ninguém no Vaticano está preocupado com isso.
O jornalista Sandro Magister foi direto ao ponto: O Papa Francisco se mostra um Pôncio Pilatos, lava as mãos para os mortos e para o regime terrível da Venezuela.
Vejamos parte do artigo dele:
Pôncio Pilatos reapareceu na Venezuela
O número de mortos é agora de cerca de quarenta, o número de feridos mil. É o preço de um mês de manifestações populares, mesmo de mulheres vestidas de branco, contra a presidência de Nicolás Maduro, numa Venezuela à beira da borda.
Uma Venezuela na qual recentemente um novo fator tomou o campo, e esta é a crescente agressão sistemática contra propriedades e pessoal da Igreja Católica.
Fontes do Vaticano - começando com "L'Osservatore Romano" - tão detalhados como estão cobrindo os desenvolvimentos da crise, estão poupando notícias sobre a agressão contra a Igreja.
Não há uma única referência a isso mesmo na carta que o Papa Francisco escreveu em 5 de maio aos bispos venezuelanos, que no mesmo dia publicaram uma vibrante declaração contra o anúncio feito por Maduro de uma "convenção constitucional" para reformar o estado para Seu uso e consumo, significando na prática - os bispos acusam - de impor "um sistema estatal policial totalitário, militarista, violento e opressivo", ainda pior do que o "socialismo do século XXI" criado pelo predecessor de Maduro, Hugo Chávez, um líder ainda Elogiado por muitos grupos populistas esquerdistas na América Latina e em outros lugares.
Para o domingo, 21 de maio, o bispo chamou um "Dia de oração pela paz na Venezuela". Entretanto, aqui está um levantamento inicial da agressão contra a Igreja Católica, publicada pela jornalista venezuelana Marinellys Tremamunno em La Nuova Bussola Quotidiana of 2 de abril:
Nada está fora dos limites. Ameaças de morte e graffiti blasfemo nas paredes das igrejas. Missas interrompidas por incursões de "coletivos" chavistas. O cardeal de Caracas, Jorge Urosa Savino, silenciou durante a homilia e foi forçado a deixar a igreja. A venerada imagem do Nazareno na catedral de Valência manchada de excrementos humanos. As chancelarias das dioceses de Guarenas e Maracay pilhadas. Roubos de hospedeiros consagrados em Maracaibo. A sede da Conferência Episcopal devastada. Um sacerdote morto em Guayana e outro seqüestrado.
Mas não termina aí. Em 4 de maio, as portas da catedral de Caracas foram danificadas e suas paredes foram cobertas com graffiti em louvor ao governo. No mesmo dia, uma multidão de estudantes da universidade católica marchou para a residência episcopal, como um sinal de solidariedade.
Porque até agora os bispos também são um "inimigo" contra quem a presidência de Maduro está atacando com veemência. Especialmente após o fracasso no início da tentativa de mediação entre o governo e os grupos de oposição apoiados no final do ano passado pelo papa Jorge Mario Bergoglio através de seus enviados:
A posição adotada pelas autoridades do Vaticano para promover uma reconciliação entre as partes foi expressada pelo cardeal Pietro Parolin, ex-núncio de Caracas antes de sua nomeação como secretário de Estado, na carta enviada às partes em meados de dezembro " em nome e a pedido do Santo Padre ".
Nela, ele identificou quatro condições para a abertura do diálogo:
- canais humanitários para garantir a alimentação e a medicina da população;
- a restituição ao Parlamento (em que os grupos de oposição são maioria) das prerrogativas estipuladas pela Constituição;
- a libertação de presos políticos;
- novas eleições livres.
- a restituição ao Parlamento (em que os grupos de oposição são maioria) das prerrogativas estipuladas pela Constituição;
- a libertação de presos políticos;
- novas eleições livres.
Mas a presidência de Maduro não quis cumprir nenhuma dessas condições. Pelo contrário, tomou decisões adicionais que aumentaram a repressão.
E o papa Francisco foi pontualmente informado sobre tudo. Também por meio de conversas diretas com bispos venezuelanos, incluindo o presidente da Conferência Episcopal, Cardeal Baltazar Porras Cardozo, arcebispo de Mérida, que se encontrou com o papa em Roma no dia 27 de abril, na véspera de sua viagem ao Egito.
Dessa forma, pode-se compreender a decepção e a raiva de muitos venezuelanos, incluindo bispos, quando dois dias depois, no dia 29 de abril, durante a habitual conferência de imprensa sobre o vôo de volta para Roma do Cairo, Francisco falou sobre a crise na Venezuela:
"Houve um esforço da Santa Sé, mas isso não produziu resultados, porque as propostas não foram aceitas, ou foram diluídas com um" sim, sim, ou não, não. "Todos sabemos a difícil situação na Venezuela, que É um país que eu amo muito. Sei que agora há insistência - creio, por parte dos quatro ex-presidentes [da Colômbia, Espanha, Panamá e Santo Domingo - nota do editor] - para restaurar essa facilitação. Eu acredito que as condições já foram apresentadas. Condições muito claras. Mas parte da oposição não quer isso. Porque é curioso, a oposição está dividida. E, por outro lado, parece que os conflitos estão se intensificando o tempo todo. Há algo movendo-se, estou informado sobre isso, mas está muito no ar. Mas tudo o que se pode fazer pela Venezuela deve ser feito. Com as garantias necessárias. Se não, estamos tocando 'tintìn pirulero' [onde todo mundo quer fugir de pagar a promessa - nota do editor], e isso não é bom. "
No dia seguinte, domingo, 30 de abril, falando no "Regina Caeli", Francisco moderou um pouco as palavras de desprezo que ele falou no avião contra os grupos da oposição venezuelana, praticamente culpando por serem os que arruinaram o acordo. Ele dirigiu "um apelo sincero ao governo e a todos os componentes da sociedade que evitem todas as formas de violência, respeitem os direitos humanos e busquem soluções negociadas para a grave crise humanitária, social, política e econômica que é devastadora A população ".
Mas essa correção não acalmou as águas. Doze horas depois, na verdade, os grupos de oposição escreveram uma carta ao papa no qual "não divididos mas unânimes" disseram que concordam com as condições estabelecidas pelo cardeal Parolin - ao contrário do governo, que sempre as rejeitou - e indicaram a liberdade como a única saída para a crise.
O fato é que entre o Papa Francisco e os bispos venezuelanos, a respeito da crise que assola o país, há um abismo. Os bispos estão com a população que protesta contra a ditadura, e são respeitados e ouvidos como guias autoritários.
Enquanto Bergoglio é julgado em pé de igualdade com Pôncio Pilatos, impiedosamente imprudente com Maduro e Chavismo, além de ser incompreensivelmente reticente às vítimas da repressão e à agressão que atinge a própria Igreja.
Original:http://magister.blogautore.espresso.repubblica.it/2017/05/11/pontius-pilate-has-reappeared-in-venezuela/
Fonte: http://thyselfolord.blogspot.com.br/2017/05/papa-francisco-e-poncio-pilatos-para.html?
Fonte: http://thyselfolord.blogspot.com.br/2017/05/papa-francisco-e-poncio-pilatos-para.html?
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