Papa Francisco, Falso Profeta?

É difícil encontrar quem não goste do Papa Francisco. Ele é bonachão, gente boa, humilde, amigo dos pobres, não gosta de riquezas e opulências, não implica com os homossexuais e nem com os abortistas. Dizem até que ele vai andar de fusca, e como se pode ver na foto acima, gosta de coisas simples. Maravilha, não é mesmo?

E se eu lhe disser que o Papa Francisco veio para destruir a igreja católica e blasfemar contra Cristo, você acreditaria? É verdade, e é como católico que eu lhe digo isso.

Francisco é o representante da maçonaria infiltrada na igreja, que finalmente conseguiu eleger o seu papa. É duro dizer, mas o demônio chegou ao papado. Ele é a besta do Apocalipse 13-11 ”que se veste como um cordeiro (símbolo de Cristo), mas fala como um dragão” (blasfema contra Deus).

Você lembra o que Paulo VI disse? “A fumaça de satanás de infiltrou na igreja”. E agora chegou ao seu vértice.

João Paulo I foi assassinado com apenas trinta dias de pontificado, lembra? Tentaram matar João Paulo II logo no início de seu pontificado com um tiro à queima roupa, lembra? E Bento XVI, coitado, foi tão perseguido que acabou tendo que renunciar, como se fosse um incompetente. Escândalos e mais escândalos estouraram em seu pontificado. Até seus documentos pessoais foram roubados, para poder chantageá-lo.

E agora com Francisco não existem mais escândalos sexuais nem financeiros. A mídia, controlada pela maçonaria o está endeusando, fazendo dele um ídolo, um líder inovador, um mito. Reis, rainhas e governantes têm vindo beijar o seu anel, em reverência a “sua santidade”. Que mudança brusca, não é mesmo?

Mas o que deseja Francisco? É simples: a luta entre Deus e o diabo continua. Como o diabo sabe que nada pode contra Deus, passar um tempinho sentado na cadeira de Pedro já está bom, pois de lá ele pode “abrir a boca em blasfêmias contra Deus, para blasfemar o seu nome, o seu tabernáculo e os habitantes do céu” (Apoc. 13-6).

Outra missão de Francisco é facilitar o surgimento do anticristo, pois ele trabalha segundo as ordens deste, pois está sob sua vigilância, como vemos em Apocalipse 13-12. Foi primeiro preciso “ferir o pastor” (Zacarias 13,7), ou seja tirar Bento XVI, para que as ovelhas fossem dispersas (os fies). A partir de agora haverá uma grande confusão e divisão dentro da igreja católica e no mundo todo, e no meio desta confusão surge o anticristo apoiado por Francisco, que aliás já declarou que o microchip (marca da besta) é benéfico para a humanidade, não existindo na Bíblia nada que impeça o seu uso (será que Francisco já leu o Apocalipse alguma vez?)

Outra missão suja de Francisco: promover o aborto e o homossexualismo no mundo. Estes dois pecados são abominações e dão poder à satanás. É por isso que tem dinheiro à vontade para promover parada gay no mundo todo e para praticar o aborto. No Brasil o próprio governo paga o médico para a mulher que queira abortar. Recentemente Francisco afirmou que os católicos são “obcecados” com o aborto e o homossexualismo. Sublimarmente ele disse: “esqueçam aborto e homossexualismo”. Aliás, quando esteve no Brasil Francisco não fez nada para evitar o aborto, cuja lei já estava pronta, e que agora foi assinada por Dilma.

Francisco está usando mensagens sublimares, para blasfemar contra a igreja, para ser mais claro, para avacalhar mesmo com ela.

Quando perguntado pela repórter o que achava do lobby gay dentro do vaticano, Francisco respondeu: “ser gay não tem problema”. E deu uma grande pausa. E depois continuou: “o problema é o lobby gay”.

A mensagem sublimarmente passada: o homossexualismo está liberado. Resultado: explosão do homossexualismo no mundo, tendo sido Francisco eleito o “homem do ano”, pela maior revista gay dos estados unidos. Eu já vi, na missa, vários casais gays se acariciando como se fosse a coisa mais normal do mundo. E ninguém pode falar nada, pois Francisco liberou, mesmo que sublimarmente.

Mas o pior de tudo é que Francisco está atentando contra o sacrifício de Cristo na Cruz. A blasfêmia maior de todas é a de negar o culto devido só a Deus para dá-lo às criaturas e ao próprio satanás.

Cristo derramou seu sangue na cruz para nos salvar. Foi para pagar o pecado de Adão e nos reconduzir ao Pai que Cristo se sacrificou por nós.

Agora, Francisco está anulando o sacrifício de Cristo. Recentemente ele disse: “não é preciso converter ninguém. Ajude o pobre e vá embora”.

Esta afirmação pode parecer bonita e caridosa, porém, ela elimina o sacrifício de Cristo.

Ajudar o pobre, o menor abandonado, o doente, a viúva desamparada e todos aqueles que precisam, é uma conseqüência do amor à Deus. Se amo à Deus, também amo ao meu próximo, e consequentemente o ajudo naquilo que ele precisa. Enquanto esteve na terra, Cristo ajudou intensamente os necessitados. Ajudar ao próximo é uma excelente atitude, que vai ajudar no nosso julgamento diante do Pai, pois “seremos julgados pelas nossas obras” (Rom 2-6).

Mas veja bem, o que salva não é a caridade. Jesus quando enviou os doze apóstolos disse: “Ide ao mundo e pregai o evangelho à toda criatura da terra. Aquele que crer e for batizado, será salvo, mas quem não crer será condenado” (Marcos 16-16).

Cuidado, você pode passar a vida toda fazendo caridade e ir para o inferno.

E é isso que o papa Francisco quer, lhe levar para o inferno. Ele quer tirar Cristo do centro e colocar os pobres, mas pobre não salva ninguém, quem salva é Cristo.

Outra armação pesada de Francisco: “todas as religiões levam a Deus”. Parece bonito não é mesmo? Assim sendo, você pode ir na macumba, que lá você irá encontrar a Deus também.

Mas pense nisto: só Cristo morreu na cruz, logo, o caminho para o céu, é somente através dele. Você já viu algum Buda crucificado? Maomé foi pra cruz? E Alan Kardec, passou por lá? Veja o que disse o próprio Jesus: Eu sou o caminho, a verdade e a vida;ninguém vem ao Pai senão por mim (João 14,6).

Repetindo o que disse Jesus:” Ninguém vem ao pai senão por mim”.

Cuidado: quando Francisco anunciar a criação da igreja ecumênica mundial, unindo todas as religiões, não caia na lábia dele. O que ele quer é lhe afastar de Cristo e levá-lo à Satanás.

Aqui novamente Francisco está querendo lhe levar para o inferno. Siga um caminho diferente ao de Cristo e você vai ver onde vai parar.

Aliás, recentemente Francisco disse que o inferno não existe mais. O que ele quer, é que você não creia mais na existência do inferno, para lhe mandar para lá.

“Roma perderá a fé, e converter-se-á na sede do anticristo". Sabe quem disse isto? Parece coisa de fanático, não é mesmo? Mas esta afirmação é de Maria, mãe de Jesus e nossa, em La salette, França em 1846, aparição reconhecida pela igreja. Veja a mensagem completa (http://www.rainhamaria.com.br/Pagina/366/Os-Segredos-de-La-Salette), você vai se surpreender.

Na verdade, a partir de La Salette, Maria antecipou o que iria acontecer no mundo. Em Fátima, Portugal, em 1917, Maria disse que o demônio se infiltraria até o vértice na igreja, além de ter previsto o fim da primeira guerra, a expansão do comunismo e o início da segunda guerra. Acredita-se que o fato do demônio ter chegado ao papado, faça parte do terceiro segredo de Fátima, que na verdade não foi divulgado.

Em Akita, Japão em 1973 Nossa Senhora disse: "O Diabo se infiltrará até mesmo na Igreja de tal um modo que haverá cardeais contra cardeais, e bispos contra bispos. Serão desprezados os padres que me veneram e terão opositores em todos os lugares. Haverá vandalismo nas Igrejas e altares. A Igreja estará cercada de asseclas do demônio que conduzirá muitos padres a lhe consagrar a alma e abandonar o serviço do Senhor".

Eu já vi dois padres, em uma emissora católica, em rede nacional, incentivar o casamento civil gay, e ainda citam as encíclicas do papa Francisco para justificar tal abominação. O que os padres não dizem, é que os afeminados vão para o inferno, pois “não vos enganeis: nem os impuros, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os devassos, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os difamadores, nem os assaltantes hão de possuir o Reino de Deus” (1Cor 6, 9-10), e também Apoc 21.8: Os tíbios, os infiéis, os depravados, os homicidas, os impuros, os maléficos, os idólatras e todos os mentirosos terão como quinhão o tanque ardente de fogo e enxofre, a segunda morte. Se você ler as mensagens marianas como La Salette, Akita, Fátima, Lourdes e outras, vai se surpreender com o que Maria tem dito. O problema é que Deus e sua mãe foram esquecidos por esta geração.

Assim sendo, o aviso foi dado. Muita coisa ainda vai acontecer daqui para frente. Fique atento pois Cristo realmente está voltando para instalar seu definitivo reino de amor. Não fique de fora.

Movimento de Resistência Católica Viva Bento XVI

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quarta-feira, 30 de março de 2016

CARDEAL CONTESTA O PAPA FRANCISCO: DIVISÃO NA IGREJA SE TORNANDO A CADA DIA MAIS CLARA. PROFECIAS MARIANAS SE CUMPRINDO


Ponto a ponto, a exegese que o prefeito da Doutrina da Fé faz das palavras de Francisco que mais serviram a equívocos. Sobre a homossexualidade, comunhão aos divorciados em segunda união, Lutero, sacerdócio feminino, celibato do clero.


http://i65.tinypic.com/1zmkw41.png
A reportagem é de Sandro Magister, publicada por Chiesa.it, 29-03-2016. A tradução é do Cepat.

A expectativa a respeito da exortação apostólica na qual Francisco resumirá o duplo Sínodo sobre a Família é cada vez mais febril. Já estão tomando posição nas respectivas frentes as expectativas que concernem ao documento papal, o que faz prever desde agora as divisões que surgirão após sua publicação.
Por um lado, um triunfante cardeal Walter Kasper, chefe das fileiras dos reformadores, segundo o qual a exortação “será o primeiro passo de uma reforma que fará a Igreja virar a página após um período de 1700 anos” (com uma suposta referência ao Concílio de Niceia, do ano 325, cujo cânon 8, segundo uma atrevida exegese, autorizaria a comunhão aos divorciados em segunda união).
Ao passo que na frente oposta está, por exemplo, o arcebispo Georg Gänswein, prefeito da Casa Pontifícia e secretário do Papa emérito Bento XVI, segundo o qual a exortação dirá “o que sempre disse o magistério da Igreja”, sem desvios na doutrina ou na prática pastoral.
A sensação difundida é que as duas frentes têm suas razões, em razão da invencível ambiguidade que caracteriza as declarações do Papa Francisco. É fácil prever que qualquer um que desejar poderá descobrir nas mais de 200 páginas do documento a passagem que mais gostar e, como consequência, atuar.
O texto prévio da exortação também foi examinado pela Congregação para a Doutrina da Fé que, segundo algumas indiscrições, foi devolvido ao Papa com muitas propostas de modificação. Não se sabe se e em que medida Francisco levou em consideração as observações da Congregação.
No entanto, sabe-se o que pensa a esse respeito o prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, cardeal alemão Gerhard L. Müller, que também é um dos treze cardeais que, no início do último sínodo, colocaram em guarda o Papa, com uma carta, acerca do perigo de “resultados predeterminados sobre importantes questões controvertidas”, em ruptura com a tradição, sobretudo no que diz respeito à comunhão aos divorciados em segunda união.
E agora Müller, justamente quando é iminente a publicação da exortação apostólica,  veio novamente à arena pública com um livro-entrevista de amplo alcance, não só a respeito da família, como também sobre outras questões candentes.
O livro saiu há alguns dias, na Espanha, publicado pela Biblioteca de Autores Cristãos, e logo também estará disponível em italiano, inglês, francês e alemão.
O título do livro lembra o do livro-entrevista que o então prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Joseph Ratzinger, publicou em 1985 e que teve um imenso eco em todo o mundo: “Informe sobre a fé”. Ratzinger não é somente o mestre de Müller, também o sucedeu no mesmo cargo na Doutrina da Fé e, além disso, é a pessoa a quem o Papa emérito confiou a publicação de toda a sua obra teológica.
Na sequência, cinco passagens do livro a respeito de um número igual de questões controvertidas.
Do “Informe sobre a esperança”, por Gerhard L. Müller
“Quem sou eu para julgar”
Justamente aqueles que até agora não mostraram nenhum respeito pela doutrina da Igreja, no momento, servem-se de uma frase solta do Santo Padre, “Quem sou eu para julgar?”, retirada do contexto, para apresentar ideias desviadas sobre a moral sexual sob uma suposta interpretação do “autêntico” pensamento do Papa.
A questão homossexual que abriu margem à pergunta realizada ao Santo Padre, já aparece na Bíblia, tanto no Antigo Testamento (cf. Gn 19; Dt 23, 18s; Lv 18, 22; 20, 13; Sb 13-15), como nas cartas Paulinas (cf. Rm 1, 26s; 1Co 6, 9s), tratada como um assunto teológico (com os condicionamentos próprios que comporta a historicidade da Revelação).
Da Sagrada Escritura se deriva a intrínseca desordem dos atos homossexuais, por não proceder de uma verdadeira complementaridade afetiva e sexual. Trata-se de uma questão muito complexa em razão das muitas implicações que emergiram fortemente nos últimos anos. De qualquer modo, a concepção antropológica que é derivada da Bíblia comporta algumas inescapáveis exigências morais e, por sua vez, um escrupuloso respeito à pessoa homossexual. Tal pessoa, chamada à castidade e à perfeição cristã mediante o domínio de si mesmo e, às vezes, com o apoio de uma amizade desinteressada, vive “uma autêntica prova, devendo ser acolhida com respeito, compaixão e delicadeza, evitando-se qualquer sinal de discriminação injusta” (Catecismo da Igreja Católica, n. 2357-2359).
No entanto, para além do problema suscitado com a descontextualização da mencionada frase do Papa Francisco, pronunciada como um sinal de respeito à dignidade da pessoa, parece-me evidente que a Igreja, com seu Magistério, está capacitada para julgar a moralidade de determinadas situações. Esta é uma verdade indiscutível: Deus é o único Juiz que nos julgará no final dos tempos e o Papa e os bispos têm a obrigação de apresentar os critérios revelados para este Juízo Final, que agora já se antecipa em nossa consciência moral.
A Igreja sempre diz “isto é verdadeiro, isto é falso” e ninguém pode interpretar de modo subjetivista os Mandamentos de Deus, as Bem-aventuranças, os Concílios, segundo seus próprios critérios, seu interesse ou inclusive segundo suas necessidades, como se Deus fosse apenas um fundo para a sua autonomia. A relação entre a consciência pessoal e Deus é concreta e real, iluminada pelo Magistério da Igreja. A Igreja goza do direito e da obrigação de declarar que uma doutrina é falsa, exatamente porque essa doutrina desvia as pessoas simples do caminho que conduz a Deus.
Desde a Revolução Francesa, dos sucessivos regimes liberais e dos sistemas totalitários do século XX, o objeto dos principais ataques sempre foi a concepção cristã da existência humana e seu destino.
Quando não se pôde vencer sua resistência, permitiu-se a manutenção de alguns de seus elementos, mas não do cristianismo em sua substância, sendo que este deixou de ser o critério de toda a realidade e foram favorecidas as mencionadas posições subjetivistas. Estas se originam em uma nova antropologia não cristã relativista que prescinde do conceito de verdade: o homem de hoje se vê obrigado a viver perenemente na dúvida. Mais ainda: a afirmação de que a Igreja não pode julgar situações pessoais se assenta sobre uma falsa soteriologia, ou seja, que o homem é seu próprio salvador e redentor.
Submetendo a antropologia cristã a este reducionismo brutal, a hermenêutica da realidade que dela deriva só adota aqueles elementos que interessam ou convêm ao indivíduo: alguns elementos das parábolas, certos gestos bondosos de Cristo ou aquelas passagens que o apresentariam como um simples profeta do social ou um mestre em humanidade.
Por outro lado, censura-se o Senhor da história, ao Filho de Deus que chama à conversão ou ao Filho do Homem que virá para julgar os vivos e mortos. Na realidade, este cristianismo simplesmente tolerado fica vazio de sua mensagem, esquecendo que a relação com Cristo, sem a conversão pessoal, é impossível.
Quem pode receber a Eucaristia
O Papa Francisco diz na “Evangelii Gaudium” (n. 47) que a Eucaristia “não é um prêmio para os perfeitos, mas, sim, um generoso remédio e um alimento para os fracos”. Vale a pena analisar esta frase com profundidade, para não confundir o seu sentido.
Em primeiro lugar, é preciso destacar que esta afirmação expressa a primazia da graça: a conversão não é um ato autônomo do homem, mas, ao contrário, em si, é uma ação da graça. Porém, disso não se pode deduzir que a conversão seja uma resposta externa de agradecimento pelo que Deus fez em mim, ainda que por sua conta, sem mim. Tampouco posso concluir que qualquer um pode se aproximar para receber a Eucaristia, mesmo que não esteja em graça e não tenha as devidas disposições, só porque é um alimento para os fracos.
Antes de tudo, deveríamos nos perguntar, o que é a conversão? É um ato livre do homem e, ao mesmo tempo, é um ato motivado pela graça de Deus que sempre prevê os atos do homem. É por isso um ato integral, incompreensível se a ação de Deus se separa da ação do homem. [...].
No sacramento da penitência, por exemplo, observa-se com toda clareza a necessidade de uma resposta livre por parte do penitente, expressada em sua contrição do coração, seu propósito de reparação, sua confissão dos pecados, sua satisfação. Por isso, a teologia católica nega que Deus faça tudo e que o homem seja puro recipiente das graças divinas. A conversão é a nova vida que nos é dada pela graça e também, ao mesmo tempo, é uma tarefa que nos é oferecida a modo de condição da perseverança na graça. [...].
Só há dois sacramentos que constituem o estado da graça: o Batismo e o sacramento da Reconciliação. Quando se perdeu a graça santificante, necessita-se do sacramento da Reconciliação para recuperar esse estado, não como mérito próprio, mas como presente, como um dom que Deus oferece na forma sacramental. O acesso à comunhão eucarística pressupõe certamente a vida de graça, pressupõe a comunhão no corpo eclesial, pressupõe também uma vida ordenada conforme o corpo eclesial para poder dizer “Amém”. São Paulo insiste em que aquele que come o pão e bebe o vinho do Senhor indignamente, será réu do corpo e sangue do Senhor (1Co 11, 27).
Santo Agostinho afirma que “aquele que te criou sem ti, não te salvará sem ti” (Sermão 169). Deus pede minha colaboração. Uma colaboração que é também presente seu, mas que implica a minha acolhida desse dom.
Se as coisas fossem de outra forma, poderíamos cair na tentação de conceber a vida cristã ao estilo das realidades automáticas. O perdão, por exemplo, seria convertido em algo mecânico, quase em uma exigência, não em um pedido que também depende de mim, pois eu o devo fazer. Eu iria, então, à comunhão sem o estado de graça requerido e sem me aproximar do sacramento da Reconciliação. Inclusive, daria por certo, sem nenhuma evidência para isso a partir da Palavra de Deus, que este me concede privadamente o perdão de meus pecados para essa mesma comunhão. Este é um conceito falso de Deus, é tentar a Deus. Acarreta também um conceito falso de homem, ao desvalorizar o que Deus pode suscitar nele.
Protestantização da Igreja
Estritamente falando, nós, católicos, não temos nenhum motivo para celebrar o dia 31 de outubro de 1517, data que se considera o início da Reforma que conduz à ruptura da cristandade ocidental.
Se estamos convencidos de que a Revelação se conservou íntegra e inalterada através da Escritura e da tradição na doutrina da Fé, nos Sacramentos, na constituição hierárquica da Igreja por direito divino, fundada sobre o sacramento da Ordem sagrado, não podemos aceitar que existam motivos suficientes para se separar da Igreja.
Os membros das comunidades eclesiais protestantes consideram este acontecimento a partir de outra ótica, pois pensam que é a oportunidade adequada para celebrar a redescoberta da “palavra pura de Deus”, supostamente desfigurada através da história por tradições meramente humanas. Os Reformadores protestantes concluíram, há quinhentos anos, que alguns hierarcas da Igreja não só eram moralmente corruptos, como também haviam distorcido o Evangelho e, como consequência, haviam bloqueado o caminho de Salvação dos crentes para Jesus Cristo. Para justificar a separação, acusaram o Papa, supostamente a cabeça deste sistema, de ser o Anticristo.
Como progredir hoje, com realismo, no diálogo ecumênico com as comunidades evangélicas? O teólogo Karl-Heinz Menke está certo quando afirma que a relativização da verdade e a adoção acrítica das ideologias modernas são o principal obstáculo para a unidade na verdade.
Neste sentido, uma protestantização da Igreja Católica a partir de um pensamento secular sem referência à transcendência não nos pode reconciliar com os protestantes, nem sequer pode permitir um encontro com o Mistério de Cristo, pois Nele somos depositários de uma Revelação sobrenatural a qual todos nós devemos, desde a completa obediência do intelecto e da vontade (cf. “Dei Verbum”, 5).
Acredito que os princípios católicos do ecumenismo, tal como foram propostos e desenvolvidos pelo decreto do Concílio Vaticano II, continuam sendo plenamente válidos (cf. “Unitatis Redintegratio”, 2-4). Por outra parte, o documento da Congregação para a Doutrina da Fé “Dominus Iesus”, do Ano Santo de 2000, incompreendido por muitos e injustamente rejeitado por outros, acredito que é, sem nenhum gênero de dúvidas, a carta magna contra o relativismo cristológico e eclesiológico deste momento de tanta confusão.
Sacerdócio Feminino
A pergunta se o sacerdócio feminino é uma questão disciplinar que a Igreja poderia simplesmente mudar não é procedente, porque toca em um tema já decidido.
O Papa Francisco também deixou isto claro, assim como seus predecessores. A esse respeito, recordo que São João Paulo II, no n. 4 da Exortação Apostólica “Ordinatio Sacerdotalis”, de 1994, reforçou com o plural majestático (“declaramus”), no único documento em que este Papa usa esta forma verbal, que é doutrina definitiva ensinada infalivelmente pelo magistério ordinário universal (can. 750 § 2 CIC) que a Igreja não tem a autoridade para admitir as mulheres no sacerdócio.
É competência do Magistério decidir se uma questão é dogmática ou disciplinar. Neste caso, a Igreja já decidiu que esta proposta é dogmática e que, sendo de direito divino, não pode ser mudada, nem sequer pode ser revisada. Poderia ser justificada com muitas razões, como a fidelidade ao exemplo do Senhor ou o caráter normativo da práxis multissecular da Igreja, mas não acredito que este tema deva ser profundamente tratado aqui, pois os documentos que o mencionam expõem suficientemente os motivos para rejeitar esta possibilidade.
Não gostaria de deixar de destacar que há uma igualdade essencial entre o varão e a mulher no plano da natureza e também na relação com Deus pela graça (cf. Gl 3, 28). No entanto, o sacerdócio implica uma simbolização sacramental da relação de Cristo, cabeça ou esposo, com a Igreja, corpo ou esposa. As mulheres podem exercer cargos na Igreja sem mais, sem problema algum. A este respeito, sempre que posso torno público meu agradecimento ao numeroso grupo de mulheres leigas e religiosas, algumas delas com qualificada titulação universitária, que prestam sua indispensável colaboração à Congregação para a Doutrina da Fé.
Contudo, por outro lado, não seria sério realizar propostas a partir de simples cálculos humanos, dizendo, por exemplo, “se abrirmos o sacerdócio às mulheres, superaremos o problema vocacional” ou “se aceitássemos o sacerdócio feminino, apresentaríamos uma imagem mais moderna ao mundo”.
Acredito que esta maneira de conceber o debate é muito superficial, ideológica e, sobretudo, antieclesial, pois é óbvio que se trata de uma questão dogmática já definida por quem tem a responsabilidade por isto e não de um tema meramente disciplinar.
Celibato Sacerdotal
O celibato sacerdotal, tão contestado em certos ambientes eclesiásticos atuais, encontra sua raiz nos Evangelhos como conselho evangélico, mas também tem uma relação intrínseca com o ministério do sacerdote.
O sacerdote é mais que um funcionário religioso ao qual se atribui uma missão independente de sua vida. Sua vida tem a ver com sua missão apostólica e, por isso, claramente, na reflexão paulina e também nos mesmos evangelhos, o conselho evangélico aparece relacionado à figura dos ministros eleitos por Jesus. Os apóstolos, por seguir a Cristo, deixaram todas as seguranças humanas para trás e, em particular, sua esposa. A este respeito, São Paulo nos fala de sua própria experiência em 1Co 7, 7, onde parece considerar o celibato como um carisma singular que ele recebeu.
Atualmente, o vínculo entre celibato e sacerdócio como dom peculiar de Deus mediante o qual os ministros sagrados podem se unir mais facilmente a Cristo, com um coração inteiro (can. 277 & 1 CIC; “Pastores dabo vobis”, 29), acontece em toda a Igreja aniversal, ainda que de forma diversa. Na Igreja oriental, como sabemos, atinge apenas o sacerdócio dos bispos, mas o próprio fato de que se exija destes nos indica que tal Igreja não o concebe como uma disciplina externa.
No antes mencionado ambiente de contestação ao celibato, está muito difundida a seguinte analogia: há alguns anos, teria sido inimaginável que uma mulher pudesse ser soldada e hoje, ao contrário, os exércitos modernos contam com muitas mulheres soldada, plenamente capacitadas para um trabalho considerado tradicionalmente como exclusivamente masculino. Não acontecerá o mesmo com o celibato? Não será um inveterado costume do passado que é necessário revisar?
No entanto, a substância do ofício militar, independentemente de algumas questões de tipo prático, não reivindica um determinado sexo em quem o exercita, enquanto que o sacerdócio está em íntima conexão com o celibato.
O Concílio Vaticano II e outros documentos magisteriais mais recentes ensinam uma conformidade ou adequação interna entre celibato e sacerdócio tal, que a Igreja de rito latino não se sente capacitada para mudar tal doutrina com uma decisão arbitrária que rompa com um desenvolvimento progressivo da regulação canônica que durou longos séculos, a partir de um reconhecimento de tal vínculo interno que é anterior a tal legislação. Nós não podemos romper unilateralmente com toda uma série de declarações de papas e concílios e com a firme e continuada adesão da Igreja Católica à imagem do sacerdote celibatário.
As crises do celibato na Igreja Católica latina foi um tema recorrente em momentos especialmente difíceis na Igreja. Para citar um exemplo, podemos evocar os tempos da Reforma Protestante, os da Revolução Francesa e, mais recentemente, os anos da Revolução Sexual, nos anos 1960 e 1970 do século passado. Porém, se algo podemos aprender do estudo da história da Igreja e de suas instituições é que tais crises sempre demonstraram e consolidaram a bondade da doutrina sobre o celibato.
Fonte:http://www.ihu.unisinos.br/noticias/552935-como-o-cardeal-mueller-rele-o-papa

Um comentário:

  1. COMO OS DOIS NÃO SE ENTENDEM, HEM?
    Com toda razão o Cardeal Muller: de como conciliar a doutrina de Jesus com a parodia de sua doutrina que é o relativista protestantismo?
    Eles não passam de um bando de hereges, querem mesmo cada um é ser o deus espírito santo da biblia e dela fazerem o que quiserem!
    O texto abaixo, sem citar mais, acaba com o fuzuê que tanto temos visto de certos sacerdotes quase beijando os pés desses hereges pastores, em nome de um certo e indeterminado "ecumenismo" - sempre em favor dos filhotes de Lutero!
    "Como progredir hoje, com realismo, no diálogo ecumênico com as comunidades evangélicas? O teólogo Karl-Heinz Menke está certo quando afirma que a relativização da verdade e a adoção acrítica das ideologias modernas são o principal obstáculo para a unidade na verdade.
    Neste sentido, uma protestantização da Igreja Católica a partir de um pensamento secular sem referência à transcendência não nos pode reconciliar com os protestantes, nem sequer pode permitir um encontro com o Mistério de Cristo, pois Nele somos depositários de uma Revelação sobrenatural a qual todos nós devemos, desde a completa obediência do intelecto e da vontade (cf. “Dei Verbum”, 5).
    Gostei, Cardeal Muller!

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